Planejei essa viagem com aproximadamente 6 meses de antecedência. A cidade de Tromsø, no norte da Noruega, foi o lugar escolhido, pois nas minhas pesquisas foi onde encontrei mais depoimentos positivos (e também eu não tinha muito tempo para explorar o lugar, seria apenas um fim de semana prolongado. Como Tromsø é super pequena, não rolou ‘peso na consciência’ de não conseguir conhecer a cidade), e não seria necessário um planejamento muito detalhado: era só comprar as passagens (a empresa Norwegian faz Londres-Tromso direto), reservar o hotel (escolha um hotel no centrinho, perto da marina) e fechar o passeio de ‘caça a Aurora’ com alguma agência.

E foi exatamente o que fiz. Mas é claro, a Aurora Boreal é um fenômeno natural, e nem toda preparação do mundo garante que você vai conseguir vê-la. Eu fechei dois passeios de ‘caça a Aurora’ (você tambem pode alugar um carro e fazer de forma independente, mas eu gostei muito de ter ido com quem entende do negócio e conhece as estradas da região, ainda mais porque nevou enquanto estávamos lá) com duas empresas diferentes, e em ambas tive uma ótima experiência.

O passeio começa às 18h, e o destino é incerto: os guias consultam a previsão do tempo constantemente pra checar vento e ir atrás de um lugar onde não tenha nuvens. Quanto mais afastado da cidade, melhor, pois para ver a Aurora é preciso ter escuridão total (sério, até luz de farol de carro atrapalha). O terceiro fator que faz a Aurora acontecer é a atividade solar, que também pode ser monitorada através de um site (os guias explicam direitinho o que é a Aurora Boreal e porque ela acontece, mas é tudo muito técnico e eu não vou escrever aqui sobre algo que aprendi em poucos minutos!). MAS, e coloco esse mas em letras maiúsculas, mesmo com todos os fatores a favor, ainda assim há a possibilidade da Aurora simplesmente…. não aparecer.

Porém, se você vai para Tromsø nos meses frios, a chance de sucesso é alta. Tanto que as agências que organizam esses passeios costumam oferecer desconto para você fazer o passeio novamente caso não consiga encontrar a Aurora na primeira tentativa. Eles estimam que conseguem vê-la 80% das vezes, então se você tentar duas noites suas chances são ainda maiores.

Mas vamos voltar ao passeio: na primeira noite, fomos com a Arctic Guide Service, em em menos de 2 horas de estrada, avistamos a Aurora Boreal pela primeira vez. Os guias estavam sempre de olho, e do nada o ônibus parou e lá estava ela. É uma sensação incrível: aquela neve toda, aquele silêncio, aquela escuridão… e a luz verde lá em cima, dançando pra você. Depois desse primeiro ‘baque’, rolou mais um tempo de estrada e mais uma vez o ônibus parou do nada, e então tivemos uma segunda chance, e dessa vez ela estava maior e mais visível!

Na segunda noite fomos com a Northern Shots, e eu estava descrente, pois tinha nevado o dia todo, estava super nublado. Porém, essa região da Noruega tem muitas montanhas e vales, e o tempo muda muito rápido. O guia consultou todas as ferramentas disponíveis para achar um local onde estaria sem nuvens, e esse local era a fronteira com a Finlândia! E não é que deu certo? 3 horas de estrada e lá estava ela, não tão grande, mas muito bonita!

Fotografar a Aurora Boreal é um desafio: nem adianta tentar com seu celular ou câmera que não tenha ajustes manuais. É preciso mudar as configurações e deixar a foto ‘aberta’ (desculpem-me os profissionais em fotografia, eu não manjo de termos técnicos) por no mínimo 10 segundos. E é por isso que o céu não parece tão escuro nas fotos – tem que entrar muita luz para que o colorido da Aurora seja captado perfeitamente.

Existem até casos em que a Aurora não é vista a olho nu, mas é captada pela câmera – e os guias usam a câmera como ferramenta para ‘detectar’ a Aurora, e comprovar sua existência, já que as vezes é possível confundir o brilho da lua ou o reflexo das luzes da cidade nas nuvens ou na neve com a luz da Aurora Boreal.

O valor do passeio é bem similar em todas as agências que pesquisei, entre 900 e 950 coroas norueguesas (aproximadamente 110 dólares) por pessoa, e todas costumam oferecer as mesmas coisas: ônibus com wifi, guia que sabe tudo de Aurora Boreal e dá dicas de fotografia (e tambem tiram fotos suas), e pausa para chocolate quente com cookies. Como eu falei lá no começo do post, o destino é só decidido na hora, depende da direção do vento. Mesmo se o dia estiver feio, não desanime: o pessoal é bom mesmo e fazem de tudo para que a noite termine com Aurora Boreal! Mas claro, quanto mais dias você ficar na cidade, melhor.

Aconselho consultar os sites que linkei nesse post, das agências, para obter mais informações e detalhes sobre chances de ver a Aurora Boreal.

Veja também esse post com experiências de outros blogueiros.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

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Campos do Jordão é famosa como destino de inverno, principalmente durante o mês de julho, quando ela é invadida por milhares de turistas, que querem acompanhar seu famoso Festival, com muitos shows de música clássica, fazer compras nos Shopping Centers, muitos montados exclusivamente neste período, e é claro, desfrutar da culinária e romantismo da cidade.

Mas acredite, Campos do Jordão é uma cidade para ser visitada durante todo o ano. Alias, é justamente fora dos feriados e da alta estação que podemos aproveitar melhor tudo o que ela tem a oferecer. Para provar isto, darei algumas dicas para passar um final de semana lá, independente da estação do ano.

Saindo de São Paulo são pouco mais de 2 horas de estrada até  Campos do Jordão e as estradas são muito boas, com belas paisagens. Primeiro pegamos a Rodovia Ayrton Senna, emendamos na Carvalho Pinto e finalmente chegamos na SP-123, Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, que nos deixa em Campos do Jordão. Localizada na Serra da Mantiqueira a 1.628 metros de altura, Campos do Jordão é a cidade mais alta do Brasil.

Sexta-Feira

O ideal é chegar na sexta-feira a noite, e jantar em um dos inúmeros restaurantes da Vila Capivari, o centro turístico de Campos do Jordão. Todos eles oferecem pratos saborosos, uma das opções é ir ao Baden Baden ($$), o restaurante mais famoso da cidade. Lá você pode pedir uma linguiça recheada com provolene, especialidade da casa, e se a noite estiver fresca, escolher um Fondue: queijo, carnes ou chocolate, você decide. Para beber não deixe de provar a cerveja Baden Baden, uma verdadeira instituição da cidade. Outra opção é o Churrasco ao Vivo ($$), uma churrascaria a la carte que oferece diversos cortes de carne, como o Bife Chorizo, Carré de Cordeiro e Leitão ao Fogo de Chão, e que em muitas noites oferece um show ao vivo.

Sábado

Na manhã de sábado é hora de sair pela cidade para respirar o ar puro da montanha. Para começar uma boa pedida é ir ao Horto Florestal. Localizado a 15 quilômetros do centro, é um ótimo lugar para caminhar e interagir com a natureza e esquecer o stress e poluição da cidade grande. Você pode alugar uma bicicleta, praticar arborismo, caminhar por uma das 5 trilhas do parque ou se preferir, apenas sentar à beira do lago e deixar o tempo passar.

Depois da visita ao Horto Florestal, hora de almoçar! Dentro do próprio parque, existe um restaurante que oferece opções de carne, peixes e aves, a preços muito convidativos ($). Mas se você prefere algo mais elaborado, existem diversas opções de restaurantes pela região, os meus favoritos são o Costela no Bafo($$), com diversas e saborosas opções de costela e picanha, o Restaurante do Elio($$$), com uma seleção de carnes e massas e o Krokodilo($$), que além de uma opção self-service, com comida em forno a lenha, também oferece carnes exóticas, como o jacaré e javali. Seja qual for a sua escolha, em qualquer um deles você terá um excelente almoço.

Após o almoço, vamos voltar para Capivari e conhecer um pouco do bairro mais badalado de Campos do Jordão. Lá você encontra diversos bares, restaurantes, shopping centers, lojas com excelentes malhas, e é claro, chocolate. Não deixe de visitar a Praça Capivari, e se você tiver sorte, ver um show gratuito na Concha Acústica. Durante o Festival de Inverno estes shows são praticamente diários, e no restante do ano acontecem esporadicamente. Da Praça Capivari, caminhe até a estação de trem e faça um dos passeios de bonde ou na elegante Baronesa, uma simpática locomotiva a vapor,  que marca sua presença na cidade com sua fumaça e seu apito inconfundível.

Agora que você já passeou de trem, é hora de andar no teleférico que sobe até o Morro do Elefante, de onde temos uma excelente vista de Capivari. O que deixa a desejar no passeio são os cadeiras individuais. Seria muito mais romântico se fossem cadeirinhas duplas.

Depois de um dia cheio, o jantar precisa ser caprichado, e a Arte da Pizza ($$) é o lugar ideal para um jantar romântico ou em família. Ela fica no Grande Hotel, um Hotel-escola do Senac, e tanto o serviço, como o sabor são impecáveis. Para mim a pizza de alho-poró é a campeã.

Domingo

O tempo passou voando, e já estamos no domingo. A nossa primeira parada é a Pedra do Bauzinho, distante 20 km de Capivari e que na verdade fica na cidade vizinha, São Bento de Sapucaí. Após uma trilha de baixa dificuldade, temos uma vista de tirar o fôlego do vale abaixo e da famosa Pedra do Baú, com seus 1950 metros de altura.

Na volta da Pedra do Baú a sugestão é um almoço rápido no Pastelão do Maluf, em Capivari, parada obrigatória por aqui. Você pode escolher diversos recheios para seu pastel de 32 cm de comprimento. Mesmo se estiver de regime, não perca esta oportunidade, e divida o pastel com sua companhia.

Uma ótima opção para esta tarde de domingo é visitar o Museu Felícia Leiner. Isto mesmo um museu, mas um museu a céu aberto e que também é a sede do Auditório Claudio Santoro, onde acontecem apresentações do Festival de Inverno e diversos shows ao longo do ano. Este museu é na verdade um parque, e nos seus jardins temos diversas estátuas em concreto branco e ferro fundido, todas obras da artista que deu nome a ele.

Infelizmente nosso final de semana está chegando ao fim, mas o lado bom é que Campos do Jordão fica bem pertinho e dá para voltar diversas vezes durante o ano. Além disto, existem muitas outras opções de lazer e restaurantes por lá e você só precisa revisitar o que realmente gostou, do contrário dá para se conhecer novos locais nos outros finais de semana que certamente você vai querer repetir a visita.

Onde se Hospedar

Canada Lodge ($$$): uma pousada temática sobre o Canadá, localizada a quatro quadras de Capivari, super charmosa e que vive sempre cheia. Sendo assim, faça sua reserva com antecedência. Não é sua opção caso você tenha um cão e queira viajar com ele, pois eles não são aceitos.

Constelation ($$): outra pousada temática, desta vez com foco na aviação. Com 20 suites confortáveis e preparadas para o inverno, esta localizada a alguns quilômetros de Capivari, o que lhe obrigará a dirigir até lá. Aceita cães.

Refugio Comodo ($): um lugar para se sentir em casa, com agradáveis chalés e o toque pessoal da família Comodo. Esta localizada a alguns quilômetros de Capivari, e você terá que dirigir até lá.

Veja mais hotéis em Campos do Jordão no Booking.com

E você? Já foi a Campos do Jordão ou tem vontade? Se já foi, onde se hospedou? Quais os seus restaurantes e passeios favoritos?

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

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