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O que fazer em Santa Fé, Novo México

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Todos os sites e guias que eu consultei sobre o Novo México procurando o que fazer em Santa Fé eram só elogios listando as muitas atrações artísticas e culturais da pequena cidade (apenas 68 mil habitantes).

Santa Fé é a mais alta capital americana, com quase 2 mil metros de altitude, as montanhas a seu redor tem picos cobertos de neve. Mesmo com a neve a paisagem é muito seca, não faz mais parte do deserto (como Albuquerque) e sim das Montanhas Rochosas, mas a cidade recebe pouquíssima chuva e água foi sempre um problema, com poucos rios e chuvas. Tem em torno de 300 dias de sol por ano (!). Santa Fé teve influência indígena, espanhola, mexicana e americana, sua arquitetura foi definida há mais de um século para preservar o estilo dos pueblos, que eram as construções de barro dos povos indígenas da região e a expansão e crescimento urbanos limitados por um plano urbanístico pioneiro.

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A paisagem árida e as montanhas com neve a caminho de Santa Fé
A paisagem árida e as montanhas com neve a caminho de Santa Fé

Mas o que fazer em Santa Fé, você se pergunta? É uma cidade para quem aprecia as artes, famosa pela sua enorme comunidade artística, muitas galerias e museus; pra quem gosta de atividades ao ar livre (esqui e outros esportes na neve no inverno e muitas trilhas no verão, para caminhada, mountain bike, etc) e como não poderia deixar de ser, história (é a segunda cidade mais antiga dos EUA, atrás apenas de Saint Augustine, na Flórida). Também come-se muito bem em Santa Fé, que tem restaurantes de todos os tipos e preços para agradar aos muitos turistas que visitam a cidade.

Vamos então a uma lista das atrações turísticas de Santa Fé:

Santa Fé Plaza: a praça histórica principal da cidade, onde começou a colonização espanhola. De frente para a praça fica o Palácio dos Governadores, que hoje em dia é um museu (veja abaixo), e muitas lojinhas de souvenirs e arte que atendem os turistas, além de cafés e restaurantes. Ali pertinho está o Museu de Artes, o Museu Histórico, a Catedral, a Capela do Loretto (com sua escada milagrosa), o Museu de Arte Contemporânea, o teatro histórico Lensic e o também histórico hotel La Fonda (você vai a pé a todos eles).

Santa Fé Plaza, a principal praça da cidade

New Mexico History Museum: o museu histórico inclui o Palácio dos Governadores (construído com barro em 1610 e ainda muito bem preservado) e um prédio moderno ao lado dele tem uma linha do tempo contando a história do Novo México: dos povos indígenas passando pela colonização espanhola, a independência do México, a batalha contra os americanos, a incorporação aos EUA, o processo de se tornar um estado, os filmes do velho oeste, a construção da bomba atômica, até os dias de hoje. É bem interessante, o Palácio dos Governadores tem uma exposição legal mas é no prédio novo que eles capricharam na linha do tempo que ocupa o subsolo e boa parte do primeiro piso, tudo muito bem explicado e bem montado. No segundo andar tem uma pequena área sobre cowboys, onde as crianças podem se vestir de cowboy e tentar laçar um novilho de madeira, a Julia e o Eric adoraram. Esse museu faz parte do programa “Free Friday Evenings”, fica aberto das 17h-20h às sextas-feiras com entrada gratuita.

O Palace of the Governors, parte do New Mexico History Museum tem uma área onde as crianças podem brincar de cowboy

New Mexico Museum of Art: o museu de arte fica bem de esquina para a Santa Fé Plaza, ao lado do Palácio dos Governadores, em um prédio bem bonito no estilo pueblo revival. A coleção permanente tem muitos artistas do Novo México, que pintaram as paisagens, pessoas e cotidiano da região. Eu visitei esse museu bem rapidinho, vi a exposição 14 mil anos de Arte no Novo México, que está muito interessante e com quadros lindíssimos representando os estilos das épocas e movimentos mais importantes da história. Passei ainda por outras duas exposições temporárias, a Alcove 12.0 com trabalhos recentes produzidos por artistas locais (gostei de várias coisas, dos quadros de miçangas e dos quadros de vidro raspado) e a Back in the Saddle, que reúne obras com o tema dos cowboys, cavalos e a colonização do Sudoeste (também achei tudo muito bem escolhido, exposto e organizado). Esse museu faz parte do programa “Free Friday Evenings”, fica aberto das 17h-20h às sextas-feiras com entrada gratuita.

New Mexico Museum of Art, em Santa Fé: visitei rapidamente mas gostei muito do que vi

Georgia O’Keeffe Museum: o museu dedicado a pintora modernista que adotou o Novo México e produziu um número enorme de pinturas das montanhas e vales da região. Georgia O’Keeffe se mudou de Nova York para Abiquiu, uma cidade 1h de Santa Fé, e saía em expedições frequentes para pintar a natureza do lugar. Depois que ela morreu (com 98 anos!) foi criado este museu, que dizem ter uma coleção enorme de quadros da artista. O problema é que o museu em si é pequeno e o que está em exibição é muito pouco, fiquei decepcionada. São 9 salas apenas (e não muito grandes), sendo que 3 delas estavam com uma exposição temporária de fotografias de Anne Leibowicz. Ou seja, apenas 6 salas esparçamente preenchidas com quadros de Georgia O’Keeffe (muitas delas com fotografias tiradas por amigos da artista nas suas expedições pelo Novo México ou Arizona, e não com pinturas da artista). As sextas-feiras fica aberto até as 20h, acompanhando os outros museus da área, mas não é de graça.

Georgia O’Keeffe Museum, em Santa Fé, Novo México

Museum of International Folk Art: de frente para o Museum of Indian Arts and Culture, esse museu de arte folclórica é muito interessante. A ala Alexander Girard (coleção permanente) tem peças do mundo inteiro, e foi montada pelo próprio (ele era arquiteto e designer). São inúmeros cenários em miniatura que ele criou com as milhares de peças da coleção que doou para o museu (a maioria de madeira e cerâmica), muito interessantes (e bonitinhos!). Uma cidadezinha mexicana, um pueblo indígena, o céu e o inferno, uma vila holandesa, uma casa na Tailândia, um jantar de bonecas, tem de tudo. A Julia achou uma graça, mas ela estava mais interessada mesmo na área infantil que esse museu oferece, cheia de brinquedos e livros pras crianças brincarem bastante.

Adoramos o Museum of International Folk Art em Santa Fé, Novo México

Museum of Indian Arts and Culture: este museu de arte e cultura indígena que cobre muito bem as histórias e estilo de vida dos 19 pueblos nativos do Novo México vale muito a visita. Infelizmente eles não permitem fotos dentro do museu, então só posso mostrar pra vocês as fotos do exterior do prédio, que fica em Museum Hill – uma área fora do centrinho de Santa Fé que tem 5 museus, um do lado do outro. A exposição permanente Here, Now and Always conta lindamente a história dos pueblos da região, como eles acreditam que foi a Criação, o que os elementos da natureza representam para as suas comunidades, como era a vida nos pueblos, os rituais, a música, como foi a modernização, tudo muito bem organizado e exposto. Também gostei bastante da galeria com as novidades, que mostra as obras de arte recentemente adquiridas pelo museu, tinha muita coisa bacana quando fui – principalmente de pintores indígenas contemporâneos.

Museum of Indian Arts and Culture em Santa Fé

Canyon Road: uma rua inteirinha cheia de galerias de arte que vendem de arte indígena a contemporânea (ou uma mistura das duas). Atenção que as galerias praticamente todas fecham as 17h. Mas não se engane, estas galerias não são para turistas interessados em encontrar apenas um souvenir – tudo o que eu vi tinha certificado de autenticidade e preços para quem coleciona arte – os vasos mais baratinhos começavam perto de mil dólares, pra dar um exemplo. Uma galeria bem bacana foi a Robert Nichols, de cerâmica, que vendia desde peças super tradicionais indígenas a vasos e outras peças contemporâneas. Fiquei conversando com o dono, muito simpático, e falamos muito do trabalho de Diego Romero, um ceramista do Cochiti pueblo que eu não conhecia e adorei. Ele mistura diversos estilos em suas peças, incluindo cultura pop (inclusive criou um personagem que aparece em várias peças, fazendo uma crítica social), desenhos gregos e a arte indígena tradicional da região. Se eu tivesse entre 3-5 mil dólares pra gastar num vaso de cerâmica comprava um. Eu adorei essa rua, só não dava pra ficar de galeria em galeria por causa das crianças, um dia eu volto!

Canyon Road é a rua das galerias de arte em Santa Fé, Novo México

Santa Fe Children’s Museum: o Museu de Crianças de Santa Fé me surpreendeu. A princípio me pareceu pequeno (e realmente a área fechada não é muito grande) mas a seleção de atividades é muito boa – uma parte de brincadeiras com água (uma mesa de água pra construir represas, uma outra pra fazer bolhas de sabão gigantes, etc), uma área pras crianças se fantasiarem e brincarem de teatro, uma parte de artes pra pintar e colar, umas mesas de dominó, lego, brinquedos de madeira, imãs, uma mesa pras crianças pintarem o próprio rosto, e por aí vai. A parte externa ainda estava semi-aberta por causa da época do ano, mas já vi que deve ficar muito legal no verão: eles plantam uma horta orgânica enorme e fazem várias atividades com as crianças para cuidar da horta, colher as verduras e legumes, fazem sopa, bem interessante. E tem também lugar pras crianças brincarem na areia, uns instrumentos musicais gigantes, um centro de ciências, enfim, é um museu pequeno mas achei as opções muito bem selecionadas. Pras crianças maiores (acima de 10 anos) eles tem atividades como workshops de impressão 3D, animação e cinema, excelente programação.

O Museu das Crianças em Santa Fé é pequeno mas muito legal

Bandelier National Monument: este parque nacional fica aproximadamente 1h oeste de Santa Fé, passando pela cidade de Los Alamos, em um cânion. Nesta área viveram os Anasazi, que são o povo ancestral que deu origem aos povos indígenas da região, que ocupavam as cavernas e depois começaram a construir seus pueblos. Você pode ver as ruínas do pueblo e as cavernas onde eles viveram há 10 mil anos. São muitas trilhas dentro deste parque, mas como estávamos com as crianças, escolhemos fazer apenas a trilha principal (mais fácil e mais curta) que passa pelas cavernas e oferece a oportunidade pra você entrar em algumas delas. Adoramos o passeio, além do lugar ser muito bonito foi uma experiência muito interessante ver e entrar nas cavernas, a Julia adorou.

Julia e o meu pai no Bandelier National Monument, no Novo México, 1h de Santa Fé

Essas atrações turísticas a gente não visitou ou experimentou:

El Rancho de las Golondrinas: o rancho de 200 acres é um “museu vivo”, a céu aberto – eles operam o rancho da mesma forma como era no início de 1700, com as pessoas devidamente vestidas a caráter e demonstrando pros turistas como era a vida naquela época. Infelizmente eles fecham no inverno e quando nós fomos no início de março ainda não estava aberto – eles só abrem em abril, maio e outubro apenas para quem marca visitas guiadas, e de junho a setembro é que fica aberto ao público em geral.

Entrada do Rancho de Las Golondrinas, nos arredores de Santa Fé, Novo México

Santa Fe School of Cooking: a culinária de Santa Fé é uma mistura da culinária indígena, espanhola e anglo, e o seu ingrediente mais famoso é o chile (a pimenta). A escola de culinária local tem uma lista enorme de aulas que você pode fazer pra aprender mais sobre os sabores, pratos e ingredientes do Sudoeste americano. Eles também oferecem walking tours (visitas a pé) de restaurantes da área (4 restaurantes por tour): o guia leva o grupo de restaurante em restaurante contando a história de cada um e da comida, e claro, tem degustação em cada um deles.

Wheelright Museum of the American Indian: fica na Museum Hill, pertinho dos outros museus, e foca em arte indígena contemporânea e histórica da tribo Navajo e dos pueblos do Rio Grande e do Novo México. Eles dizem que se especializam em tudo que falta nos outros museus indígenas, então para quem aprecia esta arte, pode passar no Wheelright Museum logo depois da visita ao Museum of Indian Arts and Culture ao lado. O melhor: abre todos os dias e a entrada é grátis.

Museum of Spanish Colonial Art: mais um museu da Museum Hill, o museu de arte colonial espanhola é o único do gênero no país e organiza a sua coleção recriando ambientes domésticos da época,e tem até uma área onde as crianças podem experimentar roupas típicas do período. O museu organiza o Spanish Market duas vezes por ano, na Santa Fé Plaza (mais informações abaixo).

Museum of Contemporary Native Arts : este museu de arte indígena contemporânea fica em frente a Catedral, pertinho da Plaza e é fácil de reconhecer pelas suas colunas coloridas na entrada. Infelizmente não deu tempo de visitar, cheguei a ir até lá um dia mas eles fechavam em meia hora e não podia nem entrar mais. Uma pena, esse realmente ficou faltando da lista do que eu queria ver.

As colunas pintadas do Museum of Contemporary Native Arts em Santa Fé

SITE Santa Fe: um espaço de arte contemporânea, sem uma coleção permanente, mas que ficou famoso pela qualidade dos artistas que já passaram por lá.

Principais eventos:

International Folk Art Market (meados de julho): mais de 150 artesãos do mundo todo vão a Santa Fé para expor e vender seus artesanatos típicos, na Museum Hill. Em 2013 a feira acontece nos dias 12, 13 e 14 de julho. Os artistas são escolhidos a dedo pela fundação sem fins lucrativos que organiza essa feira, que é reconhecida pela UNESCO. Além da feira, há uma programação de música, dança e workshops de diversos países. Consulte o site com a programação e fique atento: a entrada não é gratuita, e os ingressos tem preços diferentes de acordo com o dia e horário.

Spanish Market (final de julho e novamente no início de dezembro): o “mercado espanhol” é organizado pelo Museum of Spanish Colonial Art e este ano (2013) acontece nos dias 26, 27 e 28 na Santa Fé Plaza. Os artistas locais exibem e vendem peças durante o evento, que também tem música ao vivo e comida. A entrada é grátis e os horários são sábado de 8h-17h e domingo de 9h30-16h. Na sexta-feira o evento é só para convidados e membros do museu. Na semana do evento fique atento a programação cultural da cidade, que oferece várias performances de dança, teatro, culinária e cinema.

Indian Market (meados de agosto): é a maior feira e festival de arte indígena americana, reunindo mais de mil artesãos de tribos dos EUA e Canadá. Em 2013 será entre os dias 12-18 de agosto, e acontece na Santa Fé Plaza e se espalha por 14 quarteirões da cidade e mais de 600 barracas, atraindo 15 mil visitantes. No sábado do evento das 9h-12h é realizado um concurso de roupas tradicionais, que é o mais fotografado evento do festival. Muita música (na Plaza), comidas indígenas de diversas tribos, livros, filmes, tudo isso faz parte desse evento, que é o mais importante de Santa Fé.

Fiesta de Santa Fé (o final de semana depois do Labor Day – início de setembro): desde 1972 os descendentes dos colonizadores espanhóis celebram as fiestas, que tem música, dança, mariachis, um mercado de arte, procissões, teatro, desfiles e a “queima de Zozobra”, quando um boneco de 15 metros de altura simbolizando as preocupações e problemas dos habitantes da cidade é queimado no Fort Marcy Park (em 2013 vai ser no dia 5 de setembro, muitos dos eventos são gratuitos mas pra entrar no parque para queima do boneco paga-se ingresso). Os eventos este ano acontecem entre os dias 6-8 de setembro.

Para mais informações sobre a Santa Fé e suas atrações turísticas, o site do departamento de turismo da cidade SantaFe.org é um ótimo ponto de partida.


View Santa Fe – atrações turísticas in a larger map

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Novo México: planejando a viagem
O que fazer em Albuquerque, Novo México

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4 COMENTÁRIOS

  1. Ja estive nessas cidades. Fiquei em Rio Rancho.Conheci Taos,Albuquerque,Belen,Santa Fé. Conheci a montanha Sandia(subimos pelo bondinho e tb de carro). Visitei vários shopping todos com muitas lojas de marcas famosas. Muitos restaurantes,pessoal atende super bem. Fomos em cassinos e em hotéis com lindos campos de golfe. Visitei um centro religioso,numa comunidade indígena. Fui no final de maio e o tempo estava muito agradável.

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