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Diário do Kilimanjaro #7: saúde, alimentação e higiene

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Acho que um dos maiores medos de qualquer viajante é ficar doente durante a viagem. Afinal, a gente sai da nossa zona de conforto, e mesmo que a gente vá para uma cidade não muito longe e fique em um hotel super confortável, é novidade pro nosso corpo. Se colocar diferença de fuso horário então, estraga todo nosso relógio biológico! 

*****Leia aqui todos os posts sobre o Kilimanjaro*****

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Esse preocupação aumenta muito em uma viagem de aventura. Consigo pensar em poucas coisas piores (pra um viajante) do que ter disenteria no meio do mato, ou então ser assolado pelo mal de altitude quando faltam alguns metros pra chegar no cume da montanha. Claro que não podemos evitar que coisas assim aconteçam, mas podemos diminuir as chances drasticamente. Nenhuma das dicas que vou dar aqui é mega novidade, principalmente pra quem tem experiência em montanha, trilhas e aventuras, mas acho que nunca é demais reforçar os cuidados.

Eu por exemplo moro em Londres, que está praticamente no nível do mar. Eu nunca havia ido pra lugares de grande altitude, então estava muito preocupada. Qualquer coisinha, qualquer gripe ou machucado na pele, demora muito mais pra curar quanto menos oxigênio a gente tem (aliás, menos oxigênio é maneira de falar. Na verdade as moléculas de oxigênio ficam mais esparsas, mais espalhadas, por isso ficamos com dificuldade de respirar e ofegantes). Voltei de viagem ilesa, então acho que seria legal dividir com vocês tudo que fiz na montanha pra manter a minha saúde. 

kilimanjaro
Paradinha durante o trekking, hora do lanche! Estou com um saquinho com banana seca

Remédios:

Várias vezes eu falei que tomei o Diamox (Acetazolamide), meio comprimido (125 mg), duas vezes ao dia. Assim que você começa a pesquisar sobre o Kilimanjaro, se depara com a questão de tomá-lo ou não. A minha agência, a Morgado Expedições (que é do Manoel Morgado, montanhista mega experiente, super conhecido, que inclusive já escalou o Everest), recomenda e afirma que o Diamox tem tido ótimos resultados. E realmente: éramos um grupo de 24, acho que uns 20 estavam tomando, e ninguém teve problemas com altitude. O Manoel é médico, e haviam outros 4 médicos na expedição, e todos eles estavam tomando. Uma amiga que já havia ido pro Kilimanjaro também tomou. A única pessoa que achou que o Diamox não adiantaria de nada foi o farmacêutico em Londres. O fato é que tomamos, conseguimos chegar no cume sem sequelas de altitude (apenas cansaço). Óbvio que não dá pra saber o que teria acontecido se eu não tivesse tomado, e realmente vai de cada um. 

A consequência de tomar Diamox é a vontade de fazer xixi o tempo todo, pois ele é um diurético. E some a isso os 4 litros (ou mais) de água que temos que tomar todo dia. Então já se prepare (leia meu post anterior a esse, onde conto sobre a estrutura de banheiro), você vai acordar umas duas ou três vezes durante a noite pra ir no banheiro. Começamos a tomar no dia 1 da expedição e paramos de tomar 24 horas antes de ir pro cume. Ou seja, na noite de avanço ao cume o efeito diurético já não existia mais, o que é uma sensação maravilhosa.

Nosso médico da clínica de família também nos receitou um remédio preventivo para combater Malária. Começamos a tomar 2 dias antes de entrar na Tanzânia, tomamos todos os dias que estávamos lá e ainda 7 dias depois de retornarmos. Isso também é opcional, há quem não tome e se cuide com o repelente. Até porque dentro do Parque Nacional do Kilimanjaro não existe o mosquito da malária, então só ficamos mais atentos nos dias que estávamos no hotel mesmo. O lado ruim desse remédio é que ele pode dar muito enjôo (eu felizmente não tive), e ninguém merece ficar enjoado o dia todo. Outra decisão que você tem que fazer com o seu médico.

O Manoel, nosso chefe de expedição, nos recomendou tomar um comprimido de Imosec (usado para tratamento da diarréia) algumas horas antes do avanço ao cume. Eu não pensei duas vezes, precisar fazer número 2 na subida – a trilha é estreita, está tudo escuro, muito frio e tem uma fila de pessoas atrás de você – é algo com o qual não queria me preocupar. Você pode estar até confiante no seu reloginho, mas lembre-se que o avanço ao cume cobre 1100 metros, e não tem como saber como seu corpo vai reagir a essas horas. 

Eu levei mais vários outros remédios: pra dor de cabeça (só não use aspirina), dor muscular, dor de garganta… sempre bom levar sua farmacinha com os produtos que você já está acostumado. Acabei não usando nada, mas levaria tudo de novo. Nunca se sabe! Aliás, todo mundo no grupo tinha sua própria farmácia, então todo mundo acaba se ajudando se alguem de repente precisa de um remédio que não tem. O próprio Manoel tinha um super kit de emergência, mas que felizmente não precisou ser utilizado. 

ATENÇÃO: marque uma consulta com uma clínica especializada em saúde em viagens antes de ir pro Kilimanjaro. 

Vacinas:

Eu já falei sobre as vacinas nos posts que fiz sobre os preparativos de viagem. Marquei consulta com uma enfermeira da minha clínica do bairro, e ela me deu vacinas de Febre Tifóide e Hepatite A. Essas duas foram fornecidas pelo sistema de saúde público daqui da Inglaterra, mas eu também tive que tomar a de Febre Amarela (aí tive que pagar, fui em uma farmácia especializada). Mais uma vez: consulte seu médico ou um farmacêutico especializado em viagens antes de ir. As vacinas precisam ser tomadas com antecedência, não adianta deixar pra última hora. 

Higiene:

A regra é simples: lave as mãos o tempo todo. Leve bastante álcool gel, que você vai usar muito. Tem que exagerar mesmo. As mãos estão constantemente sujas (muita poeira, aí você pega na mochila, também coberta de poeira, pega nos bastões de caminhada, para pra comer algo…), é impressionante. Como só dá pra lavar as mãos com água e sabão no acampamento, o álcool gel tem que estar fácil durante o trekking. Sempre que parar, passe um pouco. Antes e depois de comer seu lanchinho. 

As mãos sofrem bastante na expedição, ficam bem machucadinhas, e os machucados só curam quando você volta da altitude. Mais uma razão pra sempre passar álcool gel, assim as feridinhas não pioram ao longo dos dias. 

No post anterior eu também falei sobre o banho. Leve lencinhos umedecidos e shampoo seco pro cabelo, que aguenta super bem. 

Kilimanjaro
Todas as manhãs a gente ganhava uma bacia com água quente para lavar rosto e mãos.

Alimentação:

Como eu falei no post sobre o acampamento, nossas refeições eram deliciosas. Comíamos muito, e muito bem. Tinha de tudo, pois sempre chegava comida fresca. Havia uma tenda que funcionava de cozinha, e além das três refeições diárias tínhamos também chá, café e chocolate a disposição. Volta e meia rolava lanchinho da tarde (quando chegávamos mais cedo no acampamento), com biscoitos ou pipoca. Comer bem é essencial, pois o esforço físico é imenso. 

Além das refeições é preciso fazer lanchinhos durante a caminhada. Leve na mala o que você gosta: chocolates, frutas secas, amêndoas, castanhas, barrinhas. Coisas práticas e fáceis de guardar. Nós tínhamos ums aco de lanchinhos que ficava em uma de nossas duffle bags, e todo dia pela manhã, antes de proseeguirmos, escolhíamos o que levaríamos na mochila para comer durante o dia. No meu grupo rolou muita camaradagem, e todo mundo dividia com a galera e com a equipe de apoio. Em todas as paradinhas, tomávamos água e comíamos algo.

Pra mim alimentação foi um problema, pois conforme íamos subindo, eu ia perdendo o apetite (acontece com muita gente na altitude). Eu nunca tinha passado por isso. Não tinha fome nunca, e levava muito tempo pra mastigar e engolir qualquer coisa. Simplesmente não conseguia engolir, não tinha vontade de comer. Líquido era fácil, então sempre tomava sopa. E tentava sempre comer um chocolate ou algumas castanhas e amendoins, porque precisava me sustentar. Acho que se eu tivesse comido mais não teria ficado tão cansada no avanço ao cume. 

Parada pro almoço! A garrafa térmica estava sempre cheia com agua quente, para quem quisesse café, chá ou chocolate quente.

Protetor solar:

Muito. O tempo todo. E repasse a cada 2 horas, pelo menos. O sol é MUITO forte, e mesmo quando você está com frio, lá no alto, queima demais. Passe no rosto até ficar com a cara branca, e nos lábios tem que aplicar toda hora, tenha sempre o bastãozinho no bolso. Passe nas mãos, nas orelhas, na nuca e até no couro cabeludo. Eu queimei feio na nuca (passei uma vez e esqueci de aplicar novamente) e no pulso, que ficam muito expostos. A gente sua bastante, e também com o vento geladinho da altitude parece que não está queimando. 

Minha dica é: toda vez que parar pra descansar, aplique filtro solar. Essas paradas não servem apenas para descansar, é preciso também beber água, comer e cuidar da pele.

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Heloisa Righettohttp://www.aprendizdeviajante.com
Heloisa Righetto mora em Londres desde 2008 e é autora do Guia de Londres - Para Iniciantes e Iniciados. Escreve o blog www.helorighetto.com desde 2003. Siga @helorighetto no Twitter e no Instagram @helorighetto e no Google Plus + Heloisa Righetto

5 COMENTÁRIOS

    • hahahaha
      Li o comentário do seu pai e me lembrei de um post no seu blog pessoal que você falava que a sua mãe fazia sopa e vocês não curtiam – ou algo assim…

      Enfim, vim aqui só pra não perder o costume e pra dizer que os leitores do Aprendiz que forem viver essa experiência estarão muito bem preparados. Helozitcha melhor blogueira!

      :*

  1. Um blog de luxo, de viagem com mala de rodinha e agora falando de viagem de montanha? Isso aí, posicionamento é tudo!!!

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