Arquivo para Tanzania - Aprendiz de Viajante https://www.aprendizdeviajante.com/categoria/destinos/africa/tanzania/ Viaje bem para Viajar Sempre. Dicas e Roteiros de Viagem. Fri, 01 Sep 2017 12:56:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.5 https://www.aprendizdeviajante.com/wp-content/uploads/2019/12/cropped-aprendizdeviajanteico-32x32_.png Arquivo para Tanzania - Aprendiz de Viajante https://www.aprendizdeviajante.com/categoria/destinos/africa/tanzania/ 32 32 Diário do Kilimanjaro #10: a viagem em vídeo! https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-video/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-video/#comments Fri, 01 Sep 2017 12:56:43 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=43419 Quando estávamos no Kilimanjaro, tiramos bem menos fotos e fizemos bem menos vídeos do que pensávamos que iríamos fazer. Fomos mega preparados, com baterias e power bank, mas a verdade é que quase não precisamos recarregar as câmeras (Eu levei uma point and shoot para fotografar e meu marido levou outra para filmar. Deixamos os […]

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Quando estávamos no Kilimanjaro, tiramos bem menos fotos e fizemos bem menos vídeos do que pensávamos que iríamos fazer. Fomos mega preparados, com baterias e power bank, mas a verdade é que quase não precisamos recarregar as câmeras (Eu levei uma point and shoot para fotografar e meu marido levou outra para filmar. Deixamos os celulares desligados quase o tempo todo, só ligamos no cume para bater foto lá em cima). Isso porque filmar e fotografar acabou não sendo prioridade. Sim, era maravilhoso, e sim, vendo o material que temos fico pensando que muita coisa vai ser esquecida ao longo dos anos. Mas o fato é que estávamos sempre ocupados, tentando absorver aquilo tudo. Conversando muito, ou mega concentrados na caminhada, ou simplesmente descansando e poupando a mente e o corpo para o ataque ao cume.

Mas claro, fizemos fotos. E também conseguimos juntar material sufuciente pra termos uma série de vídeos. Tudo filmado e editado pelo meu marido, Martin. 

Se você chegou nesse post e não está entendendo nada, sugiro ler a série inteira do Diário do Kilimanjaro antes de assistir os vídeos:

Os vídeos são diferentes dos posts porque estão em ordem cronólogica (os posts, como vocês podem ver, estão organizados por tema). Então dá pra “seguir” a viagem direitinho, e ter uma ideia ainda melhor do que é estar lá, vivendo essa aventura. Espero que vocês curtam. Me dá uma tristeza de encerrar essa série de posts, mas espero ter respondido dúvidas de quem pretende ir pra lá. Fico a disposição para responder perguntas, é só deixar comentário em qualquer um dos posts e depois voltar pra ver a minha resposta!

Vídeo 1: um primeiro dia espetacular

Video 2: subindo e cantando

Vídeo 3: frevo e yoga a 4 mil metros

Vídeo 4: calmaria antes da tempestade

Vídeo 5: chorando no cume


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Diário do Kilimanjaro #9: expectativa x realidade https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-expectativa-realidade/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-expectativa-realidade/#comments Mon, 10 Jul 2017 10:20:02 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=43087 “Adorei acompanhar a sua viagem, até fiquei com vontade de ir, mas não sei se é pra mim!”. Várias pessoas me falaram isso (ao vivo e pelas redes sociais) desde que comecei a escrever sobre o Kilimanjaro. Resolvi escrever um post pra esclarecer algumas dúvidas, já que eu mesma achava que essa viagem não era […]

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“Adorei acompanhar a sua viagem, até fiquei com vontade de ir, mas não sei se é pra mim!”. Várias pessoas me falaram isso (ao vivo e pelas redes sociais) desde que comecei a escrever sobre o Kilimanjaro. Resolvi escrever um post pra esclarecer algumas dúvidas, já que eu mesma achava que essa viagem não era meu estilo há alguns anos. 

*****Leia aqui todos os posts sobre o Kilimanjaro*****

Vou colocar aqui os motivos que me fizeram adiar a viagem, e explicar como foi realmente. O famoso “expectativa x realidade”, que talvez te ajude a bater o martelo ou simplesmente desencanar e planejar outra coisa. Afinal, nada mais chato do que alguém te falar que “tem que fazer isso” ou “tem que conhecer tal lugar”. Eu discordo totalmente. Prefiro explorar o mundo no meu tempo, e como tanto tempo quanto dinheiro são limitados, o ideal é a gente ter certeza de que gosta mesmo de algo, não é mesmo?

Mas vamos aos motivos:

Banheiro

Coloquei em primeiro não por acaso. Era minha principal preocupação, muito maior do que ficar sem tomar banho. Eu sabia que teria um banheiro portátil, mas a gente nunca tem certeza de como é o negócio antes de realmente ver, não é mesmo? Bom, como eu contei no post sobre a estrutura do acampamento, o banheiro “oficial” – com a privada portátil de “fundo falso” dentro de tendas individuais – é bom apenas quando a gente no acampamento e está limpinho. Depois de um tempo, fica tudo acumulado la no fundo, o negócio fica desagradável. Ao longo dos dias eu fui trocando esse banheiro pela fossa séptica que também tinha em todos os acampamentos, um pouco mais afastadas das barracas. A fossa é pública, ou seja, se tiver outras expedições no mesmo acampamento, eles também podem usar. A vantagem é que na fossa o “espaço” pra onde vão as necessidades é bem maior, e é láááaá no fundo. Tem um cheirinho também, mas basta colocar um pouquinho de vick vaporub nas narinas antes de entrar e pronto. A fossa é um buraco no chão, portanto tem que ficar de cócoras (que vamos combinar é até mais agradável). Outra opção, óbvio, é o mato. No entorno do acampamento dá pra fazer xixi tranquilamente (mas não pode fazer número 2 – pode na trilha, mas não perto das barracas). Mais pro fim da expedição já está todo mundo expert em achar um cantinho escondido pra fazer xixi (e, na boa, ninguém está nem aí. Todo mundo está na mesma, todo mundo precisa fazer xixi e cocô, ninguém vai ficar te olhando).

  • Expectativa: achava que ia usar o banheiro portátil pra tudo
  • Realidade: usei apenas no primeiro dia, nos demais apenas quando chegava no acampamento. Preferi a fossa e o mato!
Kilimanjaro
A única parte úmida do trekking, a Floresta (aqui, já perto do portão de saída)

Banho

Nós estávamos em uma expedição de 7 dias, sendo que no sétimo dia era a chegada no hotel. Portanto 6 dias sem banho. No terceiro e quarto dias da expedição, quando ficamos duas noites no mesmo acampamento para fazer aclimatação, rolou banho de caneca (com água quente e tudo), mas pelo que eu sei isso não é comum entre as agências que oferecem viagem ao Kili. E pra ser honesta, pra mim não fez muita diferença. Todas as noites rolava um “banho” dentro da barraca, com lencinhos umedecidos. E tínhamos também água quente em uma bacia pelas manhãs para lavar o rosto (e sempre tinha água quente pra lavar a mão). Levei shampoo seco, desodorante, e ficamos numa boa. O Kilimanjaro tem muita poeira, mas é isso. E a poeira sai fácil com os lencinhos. A verdade é que a gente mal sente falta do banho: o clima é seco, a noite fica frio, sempre trocamos de camiseta, cueca/calcinha, então realmente não rola a sensação de sujeira.

  • Expectativa: achei que ficaria com aquela sensação de pós-corrida todos os dias, precisando de banho urgente
  • Realidade: o clima seco e frio da noite, somado aos lencinhos umedecidos (dica: tome o “banho” logo antes de por pijama, assim o pijama está sempre fresquinho), dão conta do recado. Você só começa a ficar agoniada no último dia, porque passamos pela floresta que é super úmida. Mas aí é o mesmo dia de chegar no hotel. 
Kilimanjaro
Indo em direção ao School Hut, o acampamento base para o ataque ao cume. O Kilimanjaro está no fundo, a esquerda

Não conseguir chegar ao cume

Eu alternei momentos – antes e durante a viagem – de “com certeza eu consigo” e “ferrou, acho que é muito pra mim”. Nossa mente nos prega peças. Por mais que o trekking não seja uma competição – meu grupo era grande e portanto bem diferente, tinha uma turma mais rápida e eu estava sempre pro final, na turma do fundão – a gente começa a se questionar. Antes de ir eu sempre pensava: “imagina ir até lá e não conseguir chegar no cume? Que decepção!”. E quando botei meus pés lá e me dei conta da tarefa que nos esperava, nos dois primeiros dias tive medo de isso realmente não acontecer. Mas aí fui me acalmando, e no fim do segundo dia fiz as pazes com a ideia de que estava ali pra aproveitar o momento. Chegamos no acampamento de 3600 metros, estávamos já acima das nuvens, era maravilhoso. A cantoria e a dança da equipe era algo que me emocionava muito, e me dei conta de que estava satisfeita assim. Já estava sendo uma experiência maravilhosa, totalmente nova pra mim, eu estava aproveitando o máximo possível. E se eu não conseguisse, levaria pra casa memórias maravilhosas mesmo assim. 

  • Expectativa: ansiedade de não conseguir chegar no cume
  • Realidade: essa ansiedade atrapalha, e precisamos simplesmente aceitar que é possível que a gente não aguente. Mal de altitude pode afetar qualquer um, então é preciso aproveitar os momentos individualmente, e não pensar na jornada apenas como uma forma de chegar ao cume. 
Kilimanjaro
Acampamento 3, Mawenzi Tarn Hut, onde dormimos duas noites para aclimatação

Dinheiro

Faz alguns anos que queria ir pro Kilimanjaro, e toda vez que sentava com o objetivo de pesquisar preços, desistia logo. É uma viagem cara. Não é algo que tenha uma alternativa. Não dá pra fazer de forma independente: você tem que contratar agência que tenha guias especializados. Só a taxa pra entrar no Parque Nacional do Kilimanjaro já assusta, são 800 dólares por pessoa. E toda expedição, por menor que seja, precisa de uma estrutura. Além dos guias (um a cada duas ou três pessoas), tem a equipe de carregadores (que além de levar nossas duffle bags carregam também toda a infra do acampamento, como comida, barracas, mesas, cadeiras, pratos, banheiro e muito mais) e de assistência no camping (a pessoa que purifica a água, o cozinheiro, a pessoa que limpa os banheiros…). E isso tudo tem um custo. Se você achar algo muito mais barato, desconfie: pesquisa quanto a empresa paga para os carregadores, se eles fazem todas as refeições (por incrível que pareça existem operadoras de turismo no Kilimanjaro que não alimentam direito seus funcionários e nem providenciam roupas adequadas para que façam a expedição com o mínimo de conforto), e também pergunte como é a comida. Nós vimos algumas pessoas comendo lanchinhos frios no caminho ( a gente tinha comida quentinha todo dia), e você precisa de MUITA energia e MUITAS calorias em todos os dias da expedição. 

Verifique também quantos dias dura a expedição, o ideal é que sejam 6 ou 7 dias (a minha foi de sete). Quanto mais dias, melhor. Se for muito barato por que são apenas 4 ou 5 dias, há grandes chances de você não se aclimatar e passar mal na subida. O barato sai caro! 

Quando estamos pagando toda a parte terrestre para a agência, é realmente pesado e a gente se pergunta por que é tão caro. Afinal, com essa grana dá pra fazer muitas outras viagens. Mas, uma vez lá, a gente se dá conta do trabalho que dá levar essa galera pra montanha e garantir o bem estar de todo mundo. 

A minha agência, a Morgado Expedições, trabalha com a Everlasting Tanzania como operadora, e o serviço de ambos foi impecável. meu dinheiro foi muito bem usado. A parte terrestre (você pode ver aqui todos os detalhes) custa 4300 dólares. Porém, somando a caixinha para os carregadores, a pasagem aérea, os equipamentos que precisamos comprar, e alguns outros extras (como alimentação no hotel antes e depois da expedição), gastamos em torno de 6 mil dólares por pessoa. 

  • Expectativa: a viagem mais cara da vida, mais um motivo pra eu ter que conseguir chegar no cume a todo custo
  • Realidade: infraestrutura perfeita, comida maravilhosa, assistência integral de guias e cozinheiros, sentimento de acolhimento. Vale a pena guardar essa grana e abdicar de outras viagens se é algo que te anima. Não deixe pra muito depois se você consegue guardar esse dinheiro agora. 

Preparação física

“E aí, você está preparada fisicamente?”, “Que tipo de treino você está fazendo?”, essas foram as duas perguntas que mais ouvi quando contava para as pessoas que iria pro Kilimanjaro, então acho que é uma das maiores preocupações de quem pensa em ir. Não há dúvida de que é preciso estar acostumado com uma rotina de exercícios para encarar esse trekking. Eu já corria há alguns anos e continuei meus treinos de 3x por semana normalmente (fiz uma meia maratona cerca de um mês antes, então fiz alguns treinos mais pesados, mas geralmente corro de 6 a 10km), já que corrida é o exercício mais recomendado. Não há como preparar o corpo pra altitude, mas dá pra preparar para as longas caminhadas. A agência recomenda pelo menos 3 meses de treino pra quem não esta fazendo nada, mas eu acho que é preciso mais que isso. Lembre-se de que você estará caminhando em terreno irregular, sempre subindo, com mochila nas costas e temperatura variando bastante. Assim que você decidir ir pro Kilimanjaro, comece a se exercitar. 

  • Expectativa: sabia que seria cansativo, mas achava que estava bem preparada por causa das corrida
  • Realidade: gostaria de ter aumentado a frequência dos treinos de corrida para 4 vezes por semana, pelo menos por uns 3 meses antes da viagem. Também deveria ter ido caminhar com a mochila ladeira acima! 

*****Leia aqui todos os posts sobre o Kilimanjaro*****

Kilimanjaro


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Diário do Kilimanjaro #8: roupas e equipamentos que eu usei https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-roupas-equipamentos/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-roupas-equipamentos/#comments Mon, 03 Jul 2017 08:45:39 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=43085 Fazer as malas para uma viagem de aventura como o Kilimanjaro é bem diferente do que qualquer outra viagem. São ítens e mais ítens essenciais que facilitam a vida durante a expedição, e um gasto “extra” bem significativo caso você tenha que comprar tudo de uma vez. É muito fácil encontrar a lista de roupas e […]

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Fazer as malas para uma viagem de aventura como o Kilimanjaro é bem diferente do que qualquer outra viagem. São ítens e mais ítens essenciais que facilitam a vida durante a expedição, e um gasto “extra” bem significativo caso você tenha que comprar tudo de uma vez. É muito fácil encontrar a lista de roupas e equipamentos necessários nos sites das agências especializadas e também nos guias, e a primeira reação que temos ao ver a quantidade de coisas é pensar “ah, não preciso de tudo isso”. Precisa sim! 

*****Leia aqui todos os posts sobre o Kilimanjaro*****

Claro que pode ter um equipamento ou outro que você acabe não utilizando, mas é arriscado demais não levar. Por exemplo, capas de chuva para as mochilas pessoais: nós não precisamos porque não pegamos chuva nenhum dia, mas demos muita sorte. 

Kilimanjaro
Pausa durante o trekking: reparem que todo mundo está de gorro ou chapéu ou boné

A gente já tinha algumas coisas, principalmente roupas para atividades outdoor, por causa das nossas viagens para o País de Gales e mais recentemente os hikings que começamos a fazer pelo interior da Inglaterra. Mas ainda assim adquirimos várias coisas nos meses que antecederam a viagem pro Kilimanjaro. Quase todo final de semana durante uns três meses a gente ia nas lojas especializadas nesse tipo de roupa e equipamento, sempre tinha uma coisinha pra pesquisar preço ou pra comprar. 

Bom, como eu falei, a coisa mais fácil é achar na internet a lista completa de ítens (aqui está o link para a lista que a Morgado Expedições recomenda), mas eu vou escrever aqui tudo que eu e o Martin levamos. Como fizemos as nossas malas, o que usamos mais, o que quase não saiu da duffle bag e o que faltou comprar. 

Roupas:

  • Uma camiseta por dia de expedição: o trekking do Kilimanjaro tem muita poeira, então é bom contar com uma por dia. Em dias menos puxados até da pra repetir a mesma, mas sempre bom ter uma sobrando. Tem gente que prefere usar camiseta drifit, de tecido de corrida, mas eu optei por camisetas de algodão mesmo. Já que ia trocar todo dia, queria um tecido mais macio e confortável.
  • Dois tops: para as mulheres, em vez de sutiã, leve top esportivo. Eu usei dois.
  • Anorak/Corta vento: essa jaqueta tem que sempre estar na mochila, caso comece a chover. Ela tem que ser larguinha, pra poder acomodar outras eventuais camadas que estejam por baixo
Kilimanjaro
Com a jaqueta de penas fina e o anorak por cima. E a faixa sempre na cabeça!
  • Blusa de fleece: tipo um moletom, pra colocar por cima da camiseta quando faz frio
  • Jaqueta de penas fina ou jaqueta de fleece grosso: mais uma camada para o frio, eu usei a Ultra Light Down da Uniqlo por cima do fleece
  • Jaqueta de penas grossa: essa provavelmente você só usará no dia do cume, porque ela é beeem quentinha. Mas tem que levar, porque faz muito frio na madrugada da subida (nós pegamos -7.5, o que foi considerado moderado, pode fazer ainda mais frio). Essa jaqueta vai por cima de todas as outras camadas. Então ela tem que ser larguinha, porque você vai ter umas 4 ou 5 camadas por baixo dela.
  • Calça de trekking: melhor que seja impermeável e com muitos bolsos. A minha câmera fotográfica ficava sempre em um dos bolsos.
Nessa foto estou com a jaqueta de penas fina por cima de uma camiseta normal. Também dá pra ver a pochete.
  • Calça de trekking com forro: essencial para a noite/dia de avanço ao cume. Impermeável e com forro de fleece, bem quentinha para o frio da madrugada.
  • Calça segunda pele: também para a noite/dia de cume. Quem é muito friorento ainda é recomendado que coloque uma terceira camada, mas eu achei muito. Usei uma meia calça de lã por baixo da calça de trekking com forro e achei suficiente. Meu marido usou apenas a calça de trekking com forro, porque ele não sente frio nas pernas. Mas muita gente na expedição colocou uma terceira camada. Então tudo depende da sua tolerência ao frio.

Foto acima: no cume, já tinha tirado o casaco de penas grosso e a luva de montanha. Estava usando camiseta + fleece + casaco de penas fino. Calça de trekking com forro, meia calça de lã, gaiters e gorro.

Acessórios:

  • Óculos de sol: acho que só tirava meus óculos quando escurecia. Eu sou muito sensível a claridade, e mesmo quando a gente passava por uma nuvem, era muito claro. Usei um óculos da marca Hawkers (esse aqui) que adoro, é leve, aguenta o tranco, barato e fácil de lavar. 
  • Boné e/ou faixa para o cabelo: eu levei os dois, mas usei o boné apenas por algumas horas no primeiro dia, a faixa de tecido, bem larga, foi muito mais útil. Essa faixa é o buff, que pode ser usado para proteger o pescoço ou usado na cabeça de várias formas. Ela protege as orelhas e também o couro cabeludo (o sol é forte, é preciso ter algo na cabeça). Eu achei o boné muito quente, mas aí vai da preferência de cada um.
Minha inseparável faixa. Reparem que o Martin usa o buff dele no pescoço, que também é ótimo para proteger do sol e da poeira
  • Gorro para montanha: não basta ser um gorro de lã, o ideal é que tenha forro de fleece, também para ser usado no avanço ao cume. Eu também usei o gorro nos acampamentos, quando estávamos acima de 4 mil metros. Fica muito frio muito rápido!
Gorros de lã com forro de fleece
  • Luvas: leve dois pares de luvas. Uma mais fina, que é um “liner” pra ser usada a noite nos acampamentos e também pra ser a primeira cama na noite do cume. Por cima da luva liner vai a luva de montanha, apropriada para temperaturas baixas e para atividades outdoor. A minha era de couro e pele de carneiro por dentro, bem quentinha. Usei as duas luvas no avanço ao cume e ainda senti frio nas mãos, então vale a pena gastar mais nesse item.
  • Buff de fleece ou lã: para o pescoço na noite do cume. 
  • Botas de trekking/montanha e meias apropriadas: a bota é o item mais importante de toda lista de equipamentos. Ela tem que ser de cano alto, pra proteger o tornozelo. O ideal é que seja impermeável e quentinha por dentro. Você vai usar essa bota todo santo dia, quase não vai tirar, então pesquise e compre com cuidado. Use bastante antes da viagem, de preferência com as meias grossas apropriadas para trekking. Eu tinha 3 pares de meias, levei também a meia mais fina, que e o “liner”, mas acabei não usando (não me adaptei).
Minhas botas ainda novinhas!
  • Gaiters: outra coisa que você vai usar apenas no dia do cume, mas que faz mega diferença. Os gaiters são tipo umas capas para a calça e as botas, para impedir que entre poeira/terra/lama/neve por baixo da calça. Eles são essenciais para a descida, pois a gente desce uma parte pós cume que é tipo uma duna, você vai praticamente esquiando em “areia”. Sem os gaiters entra essa areia até as coxas! 
  • Papete: não levei e me arrependi muito, muito mesmo. A papete é ótima pra usar quando estiver no acampamento, com meias. Bem melhor do que ficar com as botas, pois dá um descanso para os pés. Eu levei chinelo, erro de amadora! A noite fica frio pra ficar com o pé de fora, e chinelo com meia é ruim pra caramba (fora que o terreno é sempre empoeirado e tem pedras, não é apropriado pra chinelo). Deixe seu preconceito de lado e compre um par de papetes. 

Equipamentos:

  • Mochila: lembre-se que a mochila que você vai carregar durante o trekking tem que ter apenas o que você usa durante o dia (câmera, power bank, lanchinhos, água, lencinhos/papel higiênico, saquinho para papel sujo, álcool gel, óculos de sol, jaqueta impermeável, filtro solar). Então ela não precisa ser muito grande. A minha era aquela basicona, de 40 litros. Isso porque eu segui a dica da Dri Miller e comprei uma pochete. Sim sim, uma pochete! E foi a melhor dica. Na pochete eu colocava meu cantil de água, os lanchinhos, o óculos de sol (quando não estava usando, claro), filtro solar, álcool gel e câmera. Aí na mochila ficava apenas o power bank, papel higiênico, saquinho e a jaqueta extra, caso começasse a chover. Foi uma maravilha não ter que parar, tirar a mochila, abrir a mochila toda hora. Precisa do filtro solar? Pronto, já estava ali. Beber água? Nem precisava parar. Foi ótimo, a melhor compra que fiz para essa viagem. 
No último dia eu estava tão cansada que não carreguei mochila. Coloquei o básico do básico na pochete (estão vendo que até a jaqueta está pendurada nela?), minha salvadora! Também dá pra ver meu cantil de água (azul) na lateral da pochete
  • Capa impermeável para a mochila: como falei lá no comeco do post, nós não pegamos chuva. Mas tem que levar! Imagina se começa a chover e tudo que está na mochila fica molhado? Algumas mochilas já vem com a capa guardada em um compartimento no fundo, outras não. 
  • Duffle bag: é a sua mala. Onde vai tudo, roupas, saco de dormir, e tudo que você só precisa no acampamento. Os carregadores que levam, e cada duffle bag não pode ter mais do que 15kg. Importante: é bom colocar tudo em saquinhos dentro da duffle bag. Por exemplo, todas as camisetas em um saco, todas as calcinhas em outro, o pijama em outro. Tanto para evitar que molhem (ainda que os carregadores coloquem as duffles dentro de um outro saco) como para facilitar sua vida dentro da barraca. Vai por mim, o espaço é suoper pequeno e tudo fica muito bagunçado muito rápido. 
  • Bastões de caminhada: desde que começamos a fazer viagens para o País de Gales e consequentemente fazer caminhadas ao ar livre e subir montanhas, temos discutido se devíamos ou não comprar os bastões. Então, quando fomos para o Ben Nevis, na Escócia, sentimos MUITO a falta dos bastões. Finalmente compramos esse ano, e acho que não teria conseguido fazer o Kilimanjaro sem eles. Foi uma mega master ajuda, tanto na subida quanto na descida. Primeiro porque é bom ficar mexendo os braços, segundo que você transfere um pouco o peso pra eles e livra os joelhos. E em muitos pontos é preciso subir em pedras ou passar partes mais escorregadias, e o apoio dos bastões da muita confiança. A descida do cume então é impossível fazer sem eles!
Nessa foto dá pra ver bem os bastões de caminhada. Usei todos os dias, o tempo inteiro. A altura é regulável, e tem que ser diferente na subida (mais baixo) e na descida (mais alto). A única coisa que eu não continuei usando foi o boné (o buff, que na foto está no pescoço, foi pra cabeça e assim ficou!)
  • Saco de dormir e liner: eu decidi comprar saco de dormir porque quero fazer mais viagens de aventura, mas não é necessário comprar. Você pode alugar, quase todas as agências oferecem esse serviço. O saco de dormir tem que ser para temperaturas de até -15 graus. Como não chegamos a pegar tanto frio, teve noites que eu passei calor e abri todo o zíper pra dar uma refrescada. O liner é tipo um leçol, uma camada a mais entre você e o saco de dormir. Bom comprar principalmente se você for alugar o saco, já que não dá pra saber se está bem lavadinho e quantas pessoas usaram antes.
Martin no saco de dormir dele! Iluminado pela minha lanterna de cabeça : )
  • Colchonete inflável: eu levei, mas não usei (meu marido usou). Minha agência forneceu, juntamente com as barracas, uns colchõezinhos de espuma, que pra mim foi o suficiente. Usei o colchonete inflável um dia pra fazer se fazia diferença e pra mim não fez. Acabou sendo um peso extra na duffle bag. 
  • Cantil de água: temos que tomar 4 litros de água por dia. Mas é necessário que você cheque com a sua agência como é feito o fornecimento de água na sua expedição. Há expedições em que os 4 litros são distribuídos pela manhã, e você precisa ter vários cantis pra ir tomando ao longo dia (nesse caso a água é fervida). No nosso caso, como já contei nesse post, foi diferente. Tínhamos água filtrada pela manhã, almoço e quando chegávamos no acampamento (o tempo todo). Ou seja, um cantil de 1 litro já servia. Para o avanço ao cume eles recomendam levar 2 cantis de 1 litro. Eu tinha um de 750ml e outro de 1 litro. O problema era que o grande, de 1 litro, era garrafa térmica. Muito muito pesada! Me arrependi demais de levar uma térmica, porque realmente não precisa. Como a gente toma água e repõe o tempo todo, ela não chega a ficar quente. E a térmica me atrapalhou demais na subida ao cume, parecia uma pedra de 10 kg depois de 8 horas de caminhada. 
  • Lanternas de cabeça: não apenas é usada durante todo avanço ao cume, o qual é feito noite adentro, como também nos acampamentos. O sol se põe la pelas 18, 18:30, então você vai precisar. Seja pra ir da barraca refeitório até a sua barraca depois da janta, pra ir no banheiro de madrugada ou até mesmo pra fazer xixi dentro da barraca (na garrafa). É preciso “acender a luz” pra achar os apetrechos lá dentro. 
Dentro da barraca, com a minha lanterna de cabeça.
  • Toalhas: apesar de você não tomar banho (mas veja nesse post que nossa expedição teve um dia de banho de caneca), todas as manhãs ganha uma bacia com água quente para rosto, braços (ou o corpo inteiro se quiser, você que sabe o que faz com a água). É bom ter essas toalhas de secagem rápida. 
  • Garrafa para fazer xixi e funil: pra fazer xixi de madrugada sem precisar ir no banheiro (como eu já contei nesse post). Eu não levei funil e me arrependi, precisei fazer um com uma garrafa pet. 
  • Baterias, pilhas, câmeras, power bank,etc: leve pilhas extras para as lanternas de cabeça e o que for necessário para carregar a máquina fotográfica.
  • Higiene pessoal e alimentação: já falei sobre esse assunto nesse post aqui, mas não custa reforçar. Leve papel higiênico e lencinhos umedecidos (os lencinhos servem para “tomar banho” também), shampoo seco, desodorante, álcool gel (sempre a mão), e o que você achar que vai precisar (ou que pode carregar) pra te ajudar na higiene. Também é bom levar creminhos caso você machuque o pé ou tenha bolhas. Para alimentação, leve lanchinhos (barrinhas, chocolates, balas, castanhas, amendoim) para comer entre as refeições. 

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Diário do Kilimanjaro #7: saúde, alimentação e higiene https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-saude-alimentacao-higiene/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-saude-alimentacao-higiene/#comments Sat, 01 Jul 2017 08:00:38 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=43081 Acho que um dos maiores medos de qualquer viajante é ficar doente durante a viagem. Afinal, a gente sai da nossa zona de conforto, e mesmo que a gente vá para uma cidade não muito longe e fique em um hotel super confortável, é novidade pro nosso corpo. Se colocar diferença de fuso horário então, estraga […]

O post Diário do Kilimanjaro #7: saúde, alimentação e higiene apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

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Acho que um dos maiores medos de qualquer viajante é ficar doente durante a viagem. Afinal, a gente sai da nossa zona de conforto, e mesmo que a gente vá para uma cidade não muito longe e fique em um hotel super confortável, é novidade pro nosso corpo. Se colocar diferença de fuso horário então, estraga todo nosso relógio biológico! 

*****Leia aqui todos os posts sobre o Kilimanjaro*****

Esse preocupação aumenta muito em uma viagem de aventura. Consigo pensar em poucas coisas piores (pra um viajante) do que ter disenteria no meio do mato, ou então ser assolado pelo mal de altitude quando faltam alguns metros pra chegar no cume da montanha. Claro que não podemos evitar que coisas assim aconteçam, mas podemos diminuir as chances drasticamente. Nenhuma das dicas que vou dar aqui é mega novidade, principalmente pra quem tem experiência em montanha, trilhas e aventuras, mas acho que nunca é demais reforçar os cuidados.

Eu por exemplo moro em Londres, que está praticamente no nível do mar. Eu nunca havia ido pra lugares de grande altitude, então estava muito preocupada. Qualquer coisinha, qualquer gripe ou machucado na pele, demora muito mais pra curar quanto menos oxigênio a gente tem (aliás, menos oxigênio é maneira de falar. Na verdade as moléculas de oxigênio ficam mais esparsas, mais espalhadas, por isso ficamos com dificuldade de respirar e ofegantes). Voltei de viagem ilesa, então acho que seria legal dividir com vocês tudo que fiz na montanha pra manter a minha saúde. 

kilimanjaro
Paradinha durante o trekking, hora do lanche! Estou com um saquinho com banana seca

Remédios:

Várias vezes eu falei que tomei o Diamox (Acetazolamide), meio comprimido (125 mg), duas vezes ao dia. Assim que você começa a pesquisar sobre o Kilimanjaro, se depara com a questão de tomá-lo ou não. A minha agência, a Morgado Expedições (que é do Manoel Morgado, montanhista mega experiente, super conhecido, que inclusive já escalou o Everest), recomenda e afirma que o Diamox tem tido ótimos resultados. E realmente: éramos um grupo de 24, acho que uns 20 estavam tomando, e ninguém teve problemas com altitude. O Manoel é médico, e haviam outros 4 médicos na expedição, e todos eles estavam tomando. Uma amiga que já havia ido pro Kilimanjaro também tomou. A única pessoa que achou que o Diamox não adiantaria de nada foi o farmacêutico em Londres. O fato é que tomamos, conseguimos chegar no cume sem sequelas de altitude (apenas cansaço). Óbvio que não dá pra saber o que teria acontecido se eu não tivesse tomado, e realmente vai de cada um. 

A consequência de tomar Diamox é a vontade de fazer xixi o tempo todo, pois ele é um diurético. E some a isso os 4 litros (ou mais) de água que temos que tomar todo dia. Então já se prepare (leia meu post anterior a esse, onde conto sobre a estrutura de banheiro), você vai acordar umas duas ou três vezes durante a noite pra ir no banheiro. Começamos a tomar no dia 1 da expedição e paramos de tomar 24 horas antes de ir pro cume. Ou seja, na noite de avanço ao cume o efeito diurético já não existia mais, o que é uma sensação maravilhosa.

Nosso médico da clínica de família também nos receitou um remédio preventivo para combater Malária. Começamos a tomar 2 dias antes de entrar na Tanzânia, tomamos todos os dias que estávamos lá e ainda 7 dias depois de retornarmos. Isso também é opcional, há quem não tome e se cuide com o repelente. Até porque dentro do Parque Nacional do Kilimanjaro não existe o mosquito da malária, então só ficamos mais atentos nos dias que estávamos no hotel mesmo. O lado ruim desse remédio é que ele pode dar muito enjôo (eu felizmente não tive), e ninguém merece ficar enjoado o dia todo. Outra decisão que você tem que fazer com o seu médico.

O Manoel, nosso chefe de expedição, nos recomendou tomar um comprimido de Imosec (usado para tratamento da diarréia) algumas horas antes do avanço ao cume. Eu não pensei duas vezes, precisar fazer número 2 na subida – a trilha é estreita, está tudo escuro, muito frio e tem uma fila de pessoas atrás de você – é algo com o qual não queria me preocupar. Você pode estar até confiante no seu reloginho, mas lembre-se que o avanço ao cume cobre 1100 metros, e não tem como saber como seu corpo vai reagir a essas horas. 

Eu levei mais vários outros remédios: pra dor de cabeça (só não use aspirina), dor muscular, dor de garganta… sempre bom levar sua farmacinha com os produtos que você já está acostumado. Acabei não usando nada, mas levaria tudo de novo. Nunca se sabe! Aliás, todo mundo no grupo tinha sua própria farmácia, então todo mundo acaba se ajudando se alguem de repente precisa de um remédio que não tem. O próprio Manoel tinha um super kit de emergência, mas que felizmente não precisou ser utilizado. 

ATENÇÃO: marque uma consulta com uma clínica especializada em saúde em viagens antes de ir pro Kilimanjaro. 

Vacinas:

Eu já falei sobre as vacinas nos posts que fiz sobre os preparativos de viagem. Marquei consulta com uma enfermeira da minha clínica do bairro, e ela me deu vacinas de Febre Tifóide e Hepatite A. Essas duas foram fornecidas pelo sistema de saúde público daqui da Inglaterra, mas eu também tive que tomar a de Febre Amarela (aí tive que pagar, fui em uma farmácia especializada). Mais uma vez: consulte seu médico ou um farmacêutico especializado em viagens antes de ir. As vacinas precisam ser tomadas com antecedência, não adianta deixar pra última hora. 

Higiene:

A regra é simples: lave as mãos o tempo todo. Leve bastante álcool gel, que você vai usar muito. Tem que exagerar mesmo. As mãos estão constantemente sujas (muita poeira, aí você pega na mochila, também coberta de poeira, pega nos bastões de caminhada, para pra comer algo…), é impressionante. Como só dá pra lavar as mãos com água e sabão no acampamento, o álcool gel tem que estar fácil durante o trekking. Sempre que parar, passe um pouco. Antes e depois de comer seu lanchinho. 

As mãos sofrem bastante na expedição, ficam bem machucadinhas, e os machucados só curam quando você volta da altitude. Mais uma razão pra sempre passar álcool gel, assim as feridinhas não pioram ao longo dos dias. 

No post anterior eu também falei sobre o banho. Leve lencinhos umedecidos e shampoo seco pro cabelo, que aguenta super bem. 

Kilimanjaro
Todas as manhãs a gente ganhava uma bacia com água quente para lavar rosto e mãos.

Alimentação:

Como eu falei no post sobre o acampamento, nossas refeições eram deliciosas. Comíamos muito, e muito bem. Tinha de tudo, pois sempre chegava comida fresca. Havia uma tenda que funcionava de cozinha, e além das três refeições diárias tínhamos também chá, café e chocolate a disposição. Volta e meia rolava lanchinho da tarde (quando chegávamos mais cedo no acampamento), com biscoitos ou pipoca. Comer bem é essencial, pois o esforço físico é imenso. 

Além das refeições é preciso fazer lanchinhos durante a caminhada. Leve na mala o que você gosta: chocolates, frutas secas, amêndoas, castanhas, barrinhas. Coisas práticas e fáceis de guardar. Nós tínhamos ums aco de lanchinhos que ficava em uma de nossas duffle bags, e todo dia pela manhã, antes de proseeguirmos, escolhíamos o que levaríamos na mochila para comer durante o dia. No meu grupo rolou muita camaradagem, e todo mundo dividia com a galera e com a equipe de apoio. Em todas as paradinhas, tomávamos água e comíamos algo.

Pra mim alimentação foi um problema, pois conforme íamos subindo, eu ia perdendo o apetite (acontece com muita gente na altitude). Eu nunca tinha passado por isso. Não tinha fome nunca, e levava muito tempo pra mastigar e engolir qualquer coisa. Simplesmente não conseguia engolir, não tinha vontade de comer. Líquido era fácil, então sempre tomava sopa. E tentava sempre comer um chocolate ou algumas castanhas e amendoins, porque precisava me sustentar. Acho que se eu tivesse comido mais não teria ficado tão cansada no avanço ao cume. 

Parada pro almoço! A garrafa térmica estava sempre cheia com agua quente, para quem quisesse café, chá ou chocolate quente.

Protetor solar:

Muito. O tempo todo. E repasse a cada 2 horas, pelo menos. O sol é MUITO forte, e mesmo quando você está com frio, lá no alto, queima demais. Passe no rosto até ficar com a cara branca, e nos lábios tem que aplicar toda hora, tenha sempre o bastãozinho no bolso. Passe nas mãos, nas orelhas, na nuca e até no couro cabeludo. Eu queimei feio na nuca (passei uma vez e esqueci de aplicar novamente) e no pulso, que ficam muito expostos. A gente sua bastante, e também com o vento geladinho da altitude parece que não está queimando. 

Minha dica é: toda vez que parar pra descansar, aplique filtro solar. Essas paradas não servem apenas para descansar, é preciso também beber água, comer e cuidar da pele.

*****Leia aqui todos os posts sobre o Kilimanjaro*****


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Diário do Kilimanjaro #6: estrutura do acampamento durante a expedição https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-estrutura-acampamento/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-estrutura-acampamento/#comments Fri, 30 Jun 2017 08:00:32 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=43083 Antes de ir pro Kilimanjaro, eu nunca tinha acampado. Repito: nunca! Nunca havia dormido em barraca, nunca tinha sequer entrado em um saco de dormir, nunca tinha ficado “no meio do nada”. E isso foi uma das razões pelas quais eu adiei essa viagem por alguns anos. Apesar de eu querer muito encarar o desafio, eu […]

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Antes de ir pro Kilimanjaro, eu nunca tinha acampado. Repito: nunca! Nunca havia dormido em barraca, nunca tinha sequer entrado em um saco de dormir, nunca tinha ficado “no meio do nada”. E isso foi uma das razões pelas quais eu adiei essa viagem por alguns anos. Apesar de eu querer muito encarar o desafio, eu tinha mega preguiça quando pensava que teria que acampar. Então, esse post é pra você, que como eu prefere um hotel bacaninha, mas que tem aquele espírito aventureiro despertando e vencendo a vontade de comodidade o tempo inteiro.

*****Leia aqui todos os posts obre a viagem ao Kilimanjaro.*****

acampamento
Por do sol no acampamento Kikelewa, onde passamos a segunda noite

Nós dormimos em acampamento por 6 noites em 5 campings, sendo que 2 noites foram no mesmo lugar e uma noite apenas descansamos algumas horas antes do avanço ao cume. No Kilimanjaro você não pode acampar em qualquer lugar, é obrigatório “assentar” nas regiões determinadas, que os guias conhecem. Todos esses campings funcionam da mesma maneira: vai chegando, vai ocupando. Ou seja, há o risco da sua expedição chegar e já ter gente lá, então quem chega depois precisa se virar com o espaço que ainda está disponível.

No nosso caso, não dividimos o camping com ninguém na primeira noite. Na segunda noite tinha uma outra expedição muito pequena, e o camping era grande o suficiente para ficarmos bem afastados. O mesmo aconteceu nas duas noites seguintes. No camping de base para o cume só tinha a gente, e no último, já fazendo o caminho de volta, tinha mais gente, mas também era enorme. Ou seja, é pouquíssimo provável que a sua expedição fique sem espaço. E os guias já fazem isso há anos, sabem como dispor as barracas para melhor aproveitar os espaços e sabem o que fazer caso esteja lotado. 

acampamento
Essas são as duffle bags, que são levadas pelos carregadores. A primeira coisa que tínhamos que fazer de manhã era deixá-las prontas, fechadas, para serem levadas pro próximo acampamento. Na nossa mochila pessoal levamos apenas o que precisamos usar na trilha.

Barracas:

Na nossa expedição, cada barraca era ocupada por 2 pessoas. Quem vai sozinho e quer uma barraca inteira, precisa pagar uma taxa. Dentro da barraca sempre tinham 2 colchonetes (eu achava que não teria nada e levei daqueles colchonetes infláveis que acabei não usando, virou peso extra, então verifique com a sua agência se você deve ou não levar), e o espaço tinha que ser milimetricamente organizado. Colocávamos as duffle bags (que são as malas levadas pelos carregadores, onde ficam as coisas que só precisamos acessar de manhã e a noite) nas laterais e nossos sacos de dormir no meio. Dessa forma, criávamos uma “barreira” e não ficamos junto a “parede”, que fica gelada durante a noite. E ficar um encostadinho no outro dentro da barraca também ajuda a combater o frio!

acampamento
Acampamento da terceira e quarta noites, a 4300 metros de altura. As tendinhas amarelas no fundo são os banheiros portáteis. A tenda amarela na direita é a barraca refeitório. 
acampamento
Acampamento a 4700 metros de altura, onde não chegamos a passar a noite, apenas descansamos algumas horas antes do avanço para o cume

As barracas ficam bem do lado uma das outras: você escuta todos os barulhos dos seus vizinhos. Portanto, quem tem sono leve, é aconselhável levar tampão pra orelha. Você escuta roncos, conversas e o barulho do zíper da barraca abrindo e fechando durante toda noite, quando a galera vai no banheiro. 

Banheiro:

Falando em banheiro… vou contar tudinho, porque sei que essa é uma grande preocupação da galera. Minha expedição tinha 4 tendas de banheiro. A “privada” lembra muito uma privada normal, que temos em casa. Mas é claro, não tem esgoto. Então você faz o que tem que fazer, aí puxa uma tampa, a qual abre um fundo falso, e as necessidades ficam armazenadas nesse fundo. E então você fecha a tampa. Tinha uma pessoa na nossa equipe de apoio apenas dedicada a limpar os banheiros, mas mesmo assim, o cheiro fica forte muito rápido, porque tudo fica nesse fundo, que é pequeno. Esses banheiros portáteis eram bons assim que chegávamos no acampamento e eles estavam limpinhos (a equipe de apoio sempre chegava na nossa frente e tudo estava pronto pra aguardar a gente), mas depois de algumas horas eu achava insuportável. O que fazer então?

Pra fazer xixi, eu procurava um matinho. Todo mundo perde a vergonha logo no primeiro dia, e as meninas acabam se ajudando muito. eu sempre ia com alguma amiga procurar um cantinho reservado, e uma esperava a outra. Mas pra fazer cocô? É proibido fazer número 2 no entorno dos campings (você pode fazer na trilha, até porque não dá pra ficar segurando as necessidades. Pare e vá fazer! Mas leve um saquinho de lixo com você pra colocar o papel, que você então coloca no lixo quando chegar no acampamento. Não enterre o papel/lencinho umedecido!!!!). A boa notícia é que todos os campings, todos, tem uma fossa séptica. Uma casinha de madeira com um buraco, onde você acocora, faz o que tem que fazer, que vai parar láááá embaixo. Você também pode jogar o papel nesse buraco. O cheiro é desagradável, mas eu achava o dos banheiros portáteis muito pior. Essas casinhas com fossa tem ventilação em cima (um vão entre as paredes e o teto), e no fim das contas a maior parte das pessoas acaba optando por elas. A dica é: leve um pote de vick vaporub e coloque um pouco nas narinas e no bigode antes de ir. Pronto, você não vai sentir cheiro nenhum. 

A noite, a gente acordava muito pra fazer xixi, porque estávamos tomando Diamox, um diurético que ajuda a prevenir mal de altitude (mais sobre isso em outro post). Na primeira noite eu levantei e fui no banheiro portátil duas vezes, e o meu marido fez em uma garrafa (pee bottle), dentro da barraca mesmo. No dia seguinte conversei com as meninas e quase todas elas tinham um jeito de tambem fazer na barraca e não ter que sair da barraca (que é um porre): leve um pote plástico e um funil (como eu não tinha funil, cortei uma garrafa PET e usei o topo dela, que deu na mesma) e pronto! Eu deixava tudo prontinho na parte “externa” da barraca, que chamamos de “avancé”. É uma área deparada da parte onde dormimos, mas ainda coberta, ninguém de fora vê. Aí, de manhã, é só levar o pote (e os homens, as garrafas) e jogar o xixi no mato. 

Refeitório:

A barraca refeitório era onde fazíamos todas as refeições. É esperado que todo mundo sente junto para tomar café da manhã, almoçar e jantar. Ela é mais uma tenda do que uma barraca, e também podíamos ir pra lá fora do horário das refeições, pois sempre tinha água quente na térmica, café, chá e chocolate quente. Era o momento de confraternização, sempre com uma atmosfera ótima.

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A equipe da cozinha, começando a servir uma das refeições
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Dentro da barraca refeitório

Todas as refeições são preparadas em outra tenda, onde funciona uma cozinha. Comemos muito bem todos os dias, pois a cada 2 ou 3 dias subia um carregamento com ingredientes frescos. O cozinheiro era maravilhoso! Sempre tinha sopa de entrada (e podia repetir várias vezes) e o prato principal variava muito: carne, peixe, frango, batatas, arroz, vegetais. Tudo muito bem feito. Eles carregam botijão de gás para todos os acampamentos, a estrutura é incrível. 

Banho:

Esquece. Banho é de lencinho umedecido. E como o ar vai ficando cada vez mais seco, você não se sente sujo. Mesmo que tenha suado no trekking do dia. O lencinho aguenta bem o tranco. E como lavamos as mãos e o rosto (veja abaixo), n#ao fica aquele “nhaca” a vista. A nossa agência, a Morgado Expedições, oferece um dia de “banho”, que nada mais é do que um balde de água quente e caneca. Foi gostoso tomar esse banho de caneca, mas pra ser honesta, nem precisaria. 

Levei shampoo seco pro cabelo, que adiantou bastante. E é claro, desodorante e calcinha/cueca limpas todos os dias, pra dar aquela sensação de limpeza ; )

Água:

Tinha uma pessoa designada para o fornecimento de água. A água vem de riachos no Kilimanjaro, e precisa ser tratada. Em algumas expedições eles fervem essa água e distribuem logo de manhã os 4 litros que você tem que beber. Na nossa expedição funcionava de outra maneira: a água era bombeada e passava por um purificador. Então enchíamos o cantil de manhã, antes de sair. Tínhamos que tomar 1 litro na parte da manhã, antes do almoço. Aí na hora do almoço enchíamos de novo pra tomar mais 1 litro a tarde. O terceiro litro era tomado durante a noite ou antes de dormir, e o quarto litro vinha das sopas, frutas, café e chá que tomávamos ao longo do dia (é importantíssimo tomar os 4 litros para evitar dor de cabeça). Nosso chefe de expedição, o Manoel, nos instruiu a ficar de olho na cor do xixi: tinha que ser transparente. Se ficasse amarelado, tinha que tomar mais água. 

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Muba, o responsável por filtrar a água para os cantis e também pela água para lavar as mãos e escovar os dentes. Um cara de coração gigante.
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O glamour das manhãs

Também tínhamos água quente para lavar o rosto de manhã (todo mundo ganhava uma pequena bacia, na porta da barraca), lavar as mãos e escovar os dentes. O fornecimento de agua foi impecável. Nos primeiros dias a gente até uso a lanterna com luz UV para fazer uma purificação extra, mas logo paramos. Todo mundo usou da mesma água, e o bombeamento no purificador funcionou bem. 

Vida social:

Pra vocês terem uma ideia de como os dias são cheios, eu não li meu livro nenhum dia enquanto estávamos em expedição. Mesmo nos dias que tínhamos a tarde livre, pra ajudar na aclimatação, acabava na barraca refeitório batendo papo com os amigos. É esperado que você socialize, e olha, é muito mais legal estar com as outras pessoas do que sozinho na barraca, lendo. Os horários pra dormir são respeitados, todo mundo vai pra cama mesmo que esteja sem sono. Uma ou outra pessoa acordava antes do horário combinado, e eu detestava quando faziam barulho. Se eu acordava antes do horário combinado, começava a arrumar minhas coisas dentro da barraca: guardar saco de dormir, arrumar mochilas para o dia, etc.

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Socializando fora da barraca refeitório, a 4300 metros de altura.

A questão é: você está ali viajando com um monte de gente que não conhecia. Dá um medo sim, afinal, é muita intimidade de uma vez só. Mas todos estão lá com o mesmo objetivo, e é muito bacana trocar ideias. Eu fiz grandes amizades nessa viagem que vou levar pra minha vida. 

Equipe de apoio:

Você não viaja apenas com a turma que está lá pra chegar no cume do Kilimanjaro. Você viaja com uma equipe imensa de carregadores, guias (um guia para cada 2 ou 3 pessoas, eles se espalham no grupo durante o trekking), e apoio de camping, como os cozinheiros, a pessoa da água e o que limpa os banheiros.  Eles também dormem em barracas (em tendas comunitárias,  alguns dormem em barracas como as nossas, eu não sei qual é o critério), e carregam as coisas deles. Ou seja, a expedição é uma mini cidade!

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A equipe de guias estava com a gente em todos os trekkings. Nossos anjos da guarda. Ninguém fica sem um guia por perto, e se você precisa parar, um deles para junto e te espera. Ninguém fica último da fila, sempre um guia que fecha a expedição.
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Um dos carregadores fazendo uma pausa no trekking (ele pegou as bexigas da barraca refeitório – teve comemoração de aniversário na noite anterior – e colocou na mochila!). Reparem no saco ao lado esquerdo, é uma das duffle bags.

Eles são muito rápidos: saem depois de nós, nos ultrapassam no trekking (é impressionante como eles carregam as coisas na cabeça, no pescoço) e quando chegamos no próximo camping já está tudo montado. Nossa equipe, da Everlasting Tanzania, foi extraordinária. Sem eles, o Kilimanjaro não acontece. Eles trabalham duro, são calorosos e animadíssimos. Quase todos os dias tivemos cantoria e dança na saída e na chegada. É muito emocionante. 

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Cantando e dançando com a equipe aos pés do Kilimanjaro. Momentos emocionantes!

Somos instruídos a levar dinheiro extra para dar caixinha para a equipe de apoio, no fim da expedição. A gente pode até achar essa solicitação estranha a princípio, mas no final você começa a achar que está dando pouco. Eles ganham aproximadamente 10 dólares por dia (há uma hierarquia, carregadores ganham menos, guias ganham mais), e a caixinha acaba dobrando o salário deles. Todo mundo contribuiu com a caixinha comunitária, que é dividida entre toda a equipe, mas também acabamos dando caixinha individual (cada pessoa dá pra quem quiser, nós por exemplo demos para o Muba, que era o cara que cuidava da água, nos afeiçoamos muito a ele). Muita gente deu a caixinha individual, mas isso vai de cada um. 

acampamento
Sem eles, não tem sonho realizado

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Diário do Kilimanjaro #5: roteiro da rota Rongai (7 dias de expedição) https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-rota-rongai/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-rota-rongai/#comments Thu, 29 Jun 2017 08:00:27 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=43058 Confesso que não fiz grandes pesquisas em relação as rotas disponíveis para fazer o Kilimanjaro. Já tinha lido a respeito da rota Rongai quando a Dri Miller esteve lá, e tinha achado bem interessante. A única que sobe pela parte norte, tem menos gente, mais oportunidades de aclimatação, menos extenuante e passa por diversos ecossistemas. […]

O post Diário do Kilimanjaro #5: roteiro da rota Rongai (7 dias de expedição) apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

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Confesso que não fiz grandes pesquisas em relação as rotas disponíveis para fazer o Kilimanjaro. Já tinha lido a respeito da rota Rongai quando a Dri Miller esteve lá, e tinha achado bem interessante. A única que sobe pela parte norte, tem menos gente, mais oportunidades de aclimatação, menos extenuante e passa por diversos ecossistemas. Então, quando vi que a agência que escolhemos (a Morgado Expedições) fazia a expedição única e exclusivamente pela Rongai, nem gastei meu tempo para ver o que poderia estar “perdendo” por não conhecer as demais. A verdade é que, a não ser que você tenha tempo e dinheiro pra ir pro Kilimanjaro umas cinco vezes, você vai subir o Kili de uma forma e não adianta lamentar o que não vai ver, e sim celebrar o que vai. Ô filosofia barata! : )

(foto em destaque no início do post: nascer do sol no dia 3, no Kikelewa Camp)

Então, eu realmente não posso opinar sobre as demais rotas ok? Nem mesmo a Marangu, que eu usei pra descer. Isso porque o ritmo de descida é beeeem diferente da subida. Aqui vou falar de forma objetiva sobre cada dia da subida pela rota Rongai e da descida e pela rota Marangu, pra vocês terem uma ideia do que vão encarar se resolverem ir pro Kili pela rota Rongai. Vou escrever sobre a trilha, e não sobre o acampamento (isso virá em um outro post). Mas de maneira geral, a rota Rongai é pra quem esta disposto a ficar em camping, em barracas (sobre banheiro também vou falar no post dedicado a infraestrutura do acampamento).

Mas vamos ao roteiro da rota Rongai:

Dia 1

Chegamos no portão da rota Rongai (que se chama Naremoru) por volta do meio dia e almoçamos ali, antes da caminhada. Ali também conhecemos toda a equipe de carregadores, guias e cozinheiros que nos acompanharam por toda a expedição. Começamos a caminhada por volta da uma da tarde, depois de fazer os últimos ajustes nas mochilas e equipamentos. Altitude: 1800 metros.

O trekking passa por plantações de batata e milho, e também uma linda floresta de pinheiros. A subida é leve, em chão batido e pedrinhas, mas já com bastante poeira (a bota já fica marrom na primeira hora). Aos poucos as plantas ficam mais baixinhas, e cerca de 4 horas depois de partirmos chegamos ao Simba Camp, nosso primeiro acampamento. Altitude: 2600 metros. Um bom começo! 

Dia 2

Um dia longo. Saímos do Simba Camp em torno das 8:30 da manhã. Nos primeiros metros avistamos o Kilimanjaro pela primeira vez! Uau! A vegetação é densa porém “baixa”: muitas moitas e pequenas árvores. A subida não é íngreme porém é contínua, e cansa bastante. Cerca de 3 horas depois chegamos na Second Cave (passamos pela First Cave antes disso, mas nem paramos), onde fizemos uma pausa pro almoço. Foi maravilhoso almoçar com a vista do Kilimanjaro lá no fundo!

rota rongai
Nossa primeira visão do Kilimanjaro, na manhã do dia 2
rota Rongai
Almoçando com o Kilimanjaro ao fundo

Depois do almoço, mais 4 horas de caminhada, chegamos no acampamento: Kikelewa Caves. Já estávamos acima das nuvens, a 3600 metros de altura, e o por do sol foi maravilhoso (assim que caiu o sol ficou bem friozinho). O engraçado é que esse acampamento é inclinado, então durante a noite o saco de dormir vai “escorregando” e acordamos com os pés na “porta” da barraca. 

Dia 3

Saímos de Kikelewa quase às 9 da manhã. Hoje a caminhada foi curta porém dura, bem íngreme e com muitas pedras. A vegetação vai ficando cada vez mais rasteira. Nesse dia que saimos da rota “oficial” e começamos nossa aclimatação em um braço da Rongai. Andamos cerca de 3 horas e chegamos no Mawenzi Camp, a 4300 metros de altitude. Fizemos uma aula de alongamento com a Kathy (uma das chefes da expedição), almoçamos e tivemos a tarde livre, mas estávamos proibidos de dormir a tarde (tudo por causa da aclimatação). O dia continuou normalmente: café/chá, janta, conversa e barraca, pra dormir cedo.

rota Rongai
Vendo o por do Sol a 4300 metros de altura no Mawenzi Camp

Dia 4

Dia de aclimatação. Hoje não prosseguimos na trilha, fazemos uma caminhada alternativa de 3 horas pelo Monte Mawenzi, até 4700 metros de altitude, e voltamos para o mesmo lugar, onde vamos passar mais uma noite. Essa caminhada se deu na parte da manhã, foi bem difícil, bem íngreme (uma palhinha tanto da subida quanto da descida do cume) e mais uma vez tivemos a tarde livre. Resto do dia prosseguiu normalmente.

Um tapa no Kili ; )
rota Rongai
Caminhada de aclimatação, nosso acampamento láááá embaixo
rota Rongai
O céu estrelado com o Monte Mawenzi ao fundo. Por Guilherme Meneghelli https://www.instagram.com/memeneghelli/

Dia 5

Partimos cedo rumo ao nosso acampamento base para o avanço ao cume. Saímos dos 4300 metros do Kikelewa para 4700 metros do School Hut. Foi um dia diferente, pois a vegetação sumiu (era praticamente um deserto com uma ou outra pedra no caminho). A reta interminável com o Kilimanjaro lá na frente proporcionou fotos maravilhosas mas muito cansaço, uma subida sem fim. Hoje, a instrução era que todo mundo respeitasse seu tempo, pois o Manoel (guia chefe) iria tomar nosso ritmo e tempo de hoje como base para formar os subgrupos de partida para o cume a noite. Foi um dia bastante difícil.

Rongai
Longa caminhada pelo deserto com o Kilimanjaro ao fundo. Rumo ao School Hut.
Rongai
Uma das poucas pedras grandes onde dava pra descansar no trekking até o School Hut

Chegue no School Hut por volta do meio dia e meia. Durante o almoço foram definidos os subgrupos e seus horários de partida para o cume. Eu sairia a meia noite. Depois do almoço, descanso até a próxima refeição, que seria às 5 da tarde. 

Durante a “janta” tivemos as últimas instruções em relação ao avanço para o cume e então todos foram para suas barracas descansar e deixar tudo pronto para a partida. Levantei às 11 da noite para terminar de arrumar minha mochila e me trocar, e estar às 11:30 na barraca refeitório para comer algo. A meia noite em ponto meu grupo partiu rumo ao cume. 

Dia 6

A subida para o cume é uma vida em uma noite. Difícil descrever essas longas horas de escuridão, onde vemos apenas os pés da pessoa a nossa frente, iluminados pela nossa lanterna de cabeça. São feitas diversas paradas, todas muito curtas, apenas para água, por causa do frio. Prosseguimos Kili acima cada vez mais devagar, pois a falta de ar vai se fazendo mais forte. 

rongai
5:30 da manhã, quase chegando no Gilman’s Point, rumo ao cume. Por Guilherme Meneghelli https://www.instagram.com/memeneghelli/

Às 6:30 da manhã chegamos na cratera, no chamado Gilman’s Point. Já tinha clareado (vimos o nascer do sol nos últimos metros da subida), e explodimos de emoção. Apesar de ali não ser o cume, é um ponto importantíssimo. Já rolou chororô e muitos abraços! Muita gente desiste de continuar para o Uhuru Peak (o cume) quando chega no Gilman’s, devido a exaustão. Mas nosso guia pediu para que avaliássemos de estamos “apenas” cansados ou se realmente nos sentíamos mal, com algum sintoma causado pela altitude (como tontura, dor de cabeça ou náusea). Todos no meu grupo resolveram prosseguir por mais 2 horas até o Uhuru. As pernas estavam bambas, mas com o sol a pino tivemos uma injeção de ânimo.

Tiramos uma camada de roupas e prosseguimos. Essas 2 horas foram extenuantes. Muito difíceis mesmo. Eu achava que minhas pernas iam ceder e eu ia cair a qualquer momento. As costas estavam doendo muito por causa da mochila. Acho que dávamos 2 ou 3 passos por minuto. A ladeira final é cruel. Mas começamos a cruzar com algumas pessoas – inclusive da nossa expedição – fazendo o caminho de volta, e isso nos deu força. Muitos abraços, muitos parabéns, e finalmente chegamos, todos de mãos dadas, às 8:30 da manhã. 5895 metros. 

Rongai
Nosso grupinho e a super ladeira que leva até o Uhuru Peak. As pernas quase cedendo.
rongai
Vista do cume! observem as pessoas chegando/indo embora lá no fundo

Mais uma rodada de abraços, choro e soluço. Fotos, momentos “não acredito que estou aqui” e um breve descanso antes de voltar.

Começamos a voltar até o Gilman’s Point, de lá descemos pelas pedras mas logo depois desviamos do caminho de subida, ja que não voltaríamos para o School Hut. Descemos uma parte toda de “areia”, praticamente esquiando e forçando bem as coxas e as batatas das pernas. Depois continuamos por mais uma hora e meia por um caminho de chão batido e chegamos ao Kibo Hut para um breve descanso e almoço. 

rota Rongai
Caminhada pós cume, pós almoço, até nosso último acampamento da expedição

Não sei onde encontramos força para a caminhada de 10km ate o acampamento onde passaríamos a noite, o Horombo Huts. O caminho a princípio era um deserto, com o Kili atrás de nós e o Monte Mawenzi a nossa esquerda. Não tinha pedras, não tinha nada. Era uma reta que depois de muito tempo deu lugar a um caminho de pedras grandes. Finalmente chegamos ao Horombo e pudemos nos limpar, nos vestir, comer e dormir. Foi a primeira noite que dormi sem parar, das 8 às 6 da manhã. 3900 metros de altura.

Dia 7

Dia longo mas que acabaria com banho quente e cama macia! 20 km pela frente para ir embora, só de descida, com oxigênio entrando! Maravilha né? Demos início a caminhada pela rota Marangu, sem grandes perrengues. O interessante é que agora vemos a transformação de vegetação de forma inversa: as pedras vão sendo substituídas por moitas, pequenas árvores e então entramos em uma floresta! Essa divisão é bem distinta, e a floresta surge do nada, e é como a mata atlântica que temos no Brasil, com a sua própria “bruma” criada pela umidade das árvores. Passamos inclusive por cachoeiras e até vimos macacos.

rongai
Vem nimim, oxigênio!!!

Depois de quase 4 horas andando paramos para almoçar no Mandara Huts, nossa última refeição feita pela equipe de cozinheiros da expedição. E nosso primeiro contato com banheiro com privada depois de tantos dias! Por isso que a rota Marangu é tão popular, sua comodidade é realmente atraente. 

A umidade da floresta
Portão de entrada/saída da rota Marangu, por onde descemos
Um brinde ao fim da expedição com cerveja local

Mais 3 horas de caminhada “ladeira abaixo” e chegamos no portão Marangu. Assinamos o livro, ganhamos certificado e compramos cerveja e Coca Cola na lojinha que tem ali. Nossa equipe de carregadores, guias e cozinheiros estava nos esperando e tivemos uma despedida linda, com dança e cantoria, antes de entrarmos nos ônibus e partirmos para a viagem de 3 horas até o hotel. 

Leia aqui todos os posts sobre a viagem ao Kilimanjaro. 

 


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Diário do Kilimanjaro #4: a conquista do cume e perguntas frequentes https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-conquista-do-cume/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-conquista-do-cume/#comments Wed, 28 Jun 2017 08:19:13 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=43074 Nós conseguimos. Nós chegamos ao Uhuru Peak, o cume do Kilimanjaro, ponto mais alto do continente africano, a 5895 metros de altura, às 8:30 da manhã do dia 21/06, depois de 6 dias de expedição e uma noite inteira de avanço ao cume. Foi uma experiência inigualável, e várias vezes durante a expedição eu pensava […]

O post Diário do Kilimanjaro #4: a conquista do cume e perguntas frequentes apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

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Nós conseguimos. Nós chegamos ao Uhuru Peak, o cume do Kilimanjaro, ponto mais alto do continente africano, a 5895 metros de altura, às 8:30 da manhã do dia 21/06, depois de 6 dias de expedição e uma noite inteira de avanço ao cume. Foi uma experiência inigualável, e várias vezes durante a expedição eu pensava “mas como vou conseguir escrever sobre isso e transmitir tudo que eu passei para os leitores do blog?”. Essa viagem ao Kilimanjaro não foi como qualquer outras das viagens que já fiz. Além dos lugares lindos que vi e do desafio físico e mental que superei, convivi com pessoas maravilhosas. Tanto meus companheiros de expedição que, como eu e meu marido, estavam lá com o mesmo objetivo que a gente, como também toda a equipe de apoio. Os carregadores, os guias, os cozinheiros, aqueles que fizeram possível a realização desse sonho. 

(foto acima, no destaque: o glaciar do Kilimanjaro, visto do cume)

Todos os perrengues ficam muito pequenos quando você se dá conta que está acima das nuvens, e até consegue ver o horizonte redondo. Estar ali em cima é um privilégio imenso. A emoção é grande, visceral, e se faz presente com muitas lágrimas e soluços. 

Tenho recebido dezenas de perguntas sobre essa viagem. Acho que nenhum outro lugar sobre o qual escrevi gerou tanta curiosidade. Vou tentar responder algumas delas aqui, mas nos posts que virão darei informações mais práticas, incluindo higiene e saúde, equipamentos, e dia a dia (caminhadas, acampamentos, alimentação). Caso você tenha alguma pergunta específica, é só deixar um comentário aqui ou em alguma das fotos que postei no meu instagram pessoal (@helorighetto).

Nós dois com o Kilimanjaro ao fundo, durante a caminhada de aclimatação, no quarto dia de trekking

Mas vamos para as perguntas mais frequentes:

  1. É perigoso? Não. Apesar da expressão “escalada” essa subida não é técnica. Ou seja, não precisa de cordas ou de curso de montanhista. Você não vai cair de um precipício se escorregar ou tropeçar. Simplicando, a escalada do Kilimanjaro é um trekking morro acima. Em algumas partes é preciso subir em pedras, em outras a superfície é mais íngreme e um escorregão pode machucar ou gerar fratura. Mas basta prestar atenção nos seus passos e seguir as dicas dos guias.
  2. Você passou mal por causa da altitude? Não. Tive um tiquinho de dor de cabeça no segundo acampamento, na noite que dormimos a 3600 metros de altura, e o Martin também. mas foi muito pouco mesmo, nem precisamos tomar remédio. O chefe da nossa expedição aconselhou desde o começo que tomássemos meio comprimido de Diamox (125mg, Acetazolamide) duas vezes ao dia. Esse remédio é um diurético e ajuda na prevenção do mal de altitude, por isso o tomamos como um tratamento (começamos a tomar um dia antes de começar a expedição até um dia antes de subirmos ao cume) e não depois de passar mal. Nossa expedição também teve um dia de aclimatação (dormimos duas noites em um mesmo acampamento, de 4300 metros de altura) e fomos muito bem cuidados e supervisionados pelos nossos guias, que nos mostravam a maneira certa de respirar e lidar com eventuais sintomas. Eu tive perda de apetite e o sono prejudicado (sono leve, acordava toda hora), então precisei me policiar e me forçar a comer pequenas porções durante o dia. 
  3. Que rota você fez? Nós subimos pela rota Rongai, que sempre foi a que mais me atraía, por ser a única que sobe o Kili pelo lado norte e proporciona uma diversidade de flora diferente das demais. E como descemos pela rota Marangu (chamada de rota Coca Cola pois é a mais popular e a mais rápida – o que pode causar problemas de aclimatação), acabamos vendo a diversidade “do outro lado” na volta
  4. Quantos dias no total levou a expedição? Minha expedição levou 7 dias. 5 dias inteiros pra subir, mais metade do sexto dia até o cume. A ouyra metade do sexto dia e o sétimo dias foram de descida/retorno. Isso muda de expedição para expedição, depende da agência que você vai. Quanto mais dias pra subir, melhor, pois mais chances você tem de se aclimatar e conseguir chegar
  5. Você fez algum treinamento físico especial? Eu pratico corrida há vários anos e mantive meu treinamento. Participei de uma meia maratona um mês antes da viagem, então fiz treinos pesados nos primeiros meses de 2017. Não há dúvida de que é preciso estar acostumado com exercício físico para encarar uma viagem dessas: não vai adiantar nada treinar apenas um ou dois meses antes. Mas a real é que o exercício não garante imunidade ao mal de altitude. Isso pode atingir o mais sarado dos atletas e não atingir a pessoa mais despreparada. É uma caixinha de surpresas. 
  6. Por que vocês subiram pro cume durante a noite? O avanço pro cume é o ápice da expedição. O campo base fica a 4700m de altura e o cume a 5895 metros. Ou seja, são mais de 1100 metros de uma vez só. É a parte mais longa e mais difícil, e todos os dias de trekking até agora vão parecer fichinha depois (isso porque durante o trekking você vai pensar “nossa, não pode ser muito pior/mais longo que isso”). E claro, você terá, a cada passo, menos oxigênio. Fica mais e mais difícil. A subida ao cume é feita a noite não apenas para garantir que você verá o nascer do sol lá de cima (a coisa mais linda que já vi na vida) mas também pra garantir que você vai descer ainda com muita luz (a descida não é nada fácil e há um pedaço de pedras grandes).
  7. Como era o clima? Nós tivemos muita sorte e não pegamos nenhum dia de chuva. Mas a variação de temperatura é drástica. Durante o dia, quando bate o sol, fica muito quente (e dá-lhe protetor solar, tem que tomar MUITO cuidado). Mas volta e meia uma nuvem passa e bate um friozinho. A noite também fica gelado, de usar gorro e luva. Teve gente que usou bermuda nos dois primeiros dias de caminhada. Mas sempre, sempre, carregue o anorak (jaqueta corta vento impermeável), e o gorro na mochila. Até mesmo quando chegamos lá no alto, na crista da cratera, nós começamos a tirar camadas, pois o sol já estava batendo. 
  8. Onde vocês dormiram? Em barracas. Alguns pontos de camping, principalmente na rota Marangu (que foi a que usamos pra descer) tem “huts”, ou seja, uns chalés de madeira com camas. Eu honestamente não sei como faz pra conseguir um lugar nesses huts, já que desde o começo eu sabia que nossa expedição ia usar barracas. Cada barraca acomoda duas pessoas. Também tínhamos barraca de refeitório e de banheiro, mas vou falar da estrutura do acampamento em um post específico. 
  9. Você ficou sem tomar banho todo esse tempo? Sim. O “banho” era com lencinhos umedecidos. Também tínhamos uma bacia com água quente pra lavar o rosto todos os dias pelas manhã. Um dia pudemos tomar banho de caneca. Tinha água pra lavar as mãos e escovar os dentes (outra coisa que depende muito da agência/operadora que organiza sua expedição. A infraestrutura dos meus acampamentos era excelente. Como já comentei antes, fui para o Kilimanjaro com a Morgado Expedições, que usa os serviços da Everlasting Tanzania. Recomendo muito!)
  10. Você tomou algo para Malária? Sim, eu tomei um remédio preventivo que meu médico receitou. Mas muita gente da minha expedição não tomou. Isso porque não há mosquito da Malária dentro do Parque Nacional do Kilimanjaro. A partir do momento que você entra no parque, você não precisa se preocupar (e claro, na altitude não tem mosquito nenhum!). Mas como nós ficamos um dia inteiro na cidade de Arusha antes de começar a escalada, acabamos tomando. Mas é só se cuidar, passar bastante repelente. 

O Kilimanjaro é a coisa mais incrível que já fiz na vida. Escrever sobre essa experiência será um desafio e tanto, mas espero que eu consiga mostrar pra vocês como valeu a pena! Aguardem os próximos posts (enquanto isso, vocês podem ler os posts que fiz antes da viagem ou verem as fotos que já postei no Instagram!).

O acampamento a 4300 metros de altura, onde dormimos duas noites para aclimatação, aos pés do Monte Mawenzi

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Diário do Kilimanjaro #3: fazendo as malas e contagem regressiva https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-contagem-regressiva/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-contagem-regressiva/#comments Wed, 07 Jun 2017 09:43:52 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=42290 Falta apenas uma semana para darmos início a nossa aventura na Tanzânia. Como essa não é uma viagem de férias “normal”, não dá pra deixar a mala pra arrumar no dia anterior. A lista de ítens essenciais é imensa, e temos que ter certeza de que não esquecemos nada. Roupas impermeáveis, botas de caminhada, sacos de […]

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Falta apenas uma semana para darmos início a nossa aventura na Tanzânia. Como essa não é uma viagem de férias “normal”, não dá pra deixar a mala pra arrumar no dia anterior. A lista de ítens essenciais é imensa, e temos que ter certeza de que não esquecemos nada. Roupas impermeáveis, botas de caminhada, sacos de dormir, colchonetes, jaquetas, lanchinhos, remédios, produtos de higiene, eletrônicos (e muitas baterias extras pra que a gente não fique na mão!), saquinhos plásticos, mochilas… ufa! Pro Kilimanjaro, viajar leve não é uma opção. 

→Leia também: Diário do Kilimanjaro #1 e Diário do Kilimanjaro #2

Cada pessoa carrega sua própria mochila com os ítens necessários para o dia, como por exemplo barrinhas de cereal, máquina fotográfica, garrafas d’água, remédios e lencinhos umedecidos. Os objetos que apenas precisaremos no camping, como roupas, saco de dormir e colchonete, são levados em malas estilo duffle bag pelos carregadores (mas essas malas podem ter no máximo 15kg). Também podemos levar uma terceira mala, para deixar no hotel em Arusha (ficamos duas noites antes de começar a expedição, e uma depois de terminar, antes de voltar pra casa). 

Quando eu voltar de viagem vou escrever sobre os equipamentos e roupas – prefiro ter tido a experiência pra dizer o que realmente valeu a pena ser levado e o que acabou virando peso extra nas costas (nossas ou dos carregadores). 

Esse processo de arrumar as coisas finalmente despertou a minha ansiedade. Claro que estou empolgada faz tempo, mas tinha tanta coisa pra acontecer (e pra eu fazer!) antes da viagem, que não estava nem conseguindo pensar nela. Mas agora tudo que quero é colocar meus pés no topo da África! Sabe quando só falta colocar a escova de dente na mala? É essa minha situação!

Muita gente tem me perguntado sobre a preparação física para subir o Kilimanjaro (eu realmente não esperava que tanta gente me perguntasse isso). Acho que já falei nos posts anteriores (aqui o #1 e o #2), mas encarar a subida sem ter o mínimo de preparo físico é receita de fracasso. Quanto mais seu corpo estiver acostumado a se mexer, melhor. A agência recomenda que você comece a treinar (caminhar, correr, fazer aulas na academia, que seja) pelos menos 3 meses antes da viagem. Eu pratico corrida, em média 3 vezes por semana, e em todos os lugares que li essa é a melhor maneira de se preparar. Eu e meu marido já corremos há 3 anos, portanto apenas continuamos os treinos normalmente. Não fiz mais nada além disso.

Não dá pra se preparar pra altitude. Mesmo quem já tenha subido em altitude similar pode ser afetado e ter que desistir. Mas vamos seguir o conselho da agência e tomar Diamox, que é um remédio diurético bem comum pra prevenir mal de altitude. Mais uma vez, o remédio não garante nada, mas aumenta suas chances (principalmente se você se exercita).

 

Packing for Kilimanjaro! 🗻

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Durante a subida/descida, não terei acesso a internet. Mas fiquem de olho no Instagram (@aprendizdeviajante_ e @helorighetto) pois assim que puder postarei fotos! Até a volta ; )

Crédito da imagem: This Wikipedia and Wikimedia Commons image is from the user Chris 73 and is freely available at //commons.wikimedia.org/wiki/File:Uhuru_Peak_Mt._Kilimanjaro_2.JPG under the creative commons cc-by-sa 3.0 license.


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Diário do Kilimanjaro #2: preparativos (compras e treinos!) https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-preparativo/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-preparativo/#comments Thu, 20 Apr 2017 12:48:35 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=41402 A viagem ao Kilimanjaro se aproxima e aos poucos vamos ticando todas as pendências da lista. Ainda falta providenciar algumas coisas, mas desde o último post, alguns passos importantes foram dados. Compramos as passagens, terminamos de pagar toda a parte terreste, tomamos quase todas as vacinas e começamos a fazer diversas caminhadas por trilhas no […]

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A viagem ao Kilimanjaro se aproxima e aos poucos vamos ticando todas as pendências da lista. Ainda falta providenciar algumas coisas, mas desde o último post, alguns passos importantes foram dados. Compramos as passagens, terminamos de pagar toda a parte terreste, tomamos quase todas as vacinas e começamos a fazer diversas caminhadas por trilhas no interior da Inglaterra. 

Imagem via: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Elephants_at_Amboseli_national_park_against_Mount_Kilimanjaro.jpg

Ida ao médico

Aqui em Londres a gente até tem convênio particular (pelo trabalho do meu marido), mas usamos muito pouco. Quase todos os problemas de saúde que tivemos foram resolvidos na rede pública, o NHS. Então, eu liguei no consultório onde somos registrados aqui no bairro e disse que precisava conversar sobre vacinação. Consulta marcada com a enfermeira, e resolvi uma boa parte das vacinas: na hora ela me deu vacina de tifóide, hepatite A e também “renovou” aquela que tomamos quando somos crianças, contra tétano, difteria e polio (fiquei com o braço muito dolorido e duro nos 3 dias seguintes). A única que não tomei pelo NHS foi a de Febre Amarela, que ainda vou tomar em uma farmácia privada e terei que pegar. A enfermeira também providenciou a receita para os tablets de malária, que precisamos começar a tomar 2 dias antes de embarcar, durante toda nossa estadia lá e ainda 7 dias depois da volta. Já comprei, e foi bem carinho, pois cada tablet custou £2.70 e foram 20 tablets pra cada um de nós. 

via GIPHY

Passagens

Estranhamente, não existem vôos diretos entre Londres e Kilimanjaro. É preciso fazer conexão ou em Amsterdã, ou em Istambul ou então em Nairobi. Optamos por comprar a passagem da KLM e fazer conexão em Amsterdã, tanto na ida quanto na volta. Isso porque já conhecemos a cidade e o aeroporto, e já que vamos pra um lugar bem diferente do que estamos acostumados, pensamos ser melhor seguir por caminhos já conhecidos. E ainda por cima transformamos a conexão em Amsterdã na ida em um stop over, e vamos dormir lá uma noite. Nada de correria! Assim viajamos tranquilos no dia seguinte.

Terrestre

Terminamos de pagar a parte terrestre para a agência brasileira que escolhemos (já falei sobre a agência no primeiro diário). Mas nós vamos chegar no Kilimanjaro um dia antes do roteiro oficial começar, então eu reservei uma diária extra no hotel e também estou providenciando o transfer do aeroporto (que estava incluso apenas se chegássemos no dia seguinte). 

Equipamentos

Decidimos comprar as bengalas de caminhada (em inglês são walking sticks ou walking poles, falamos delas no vídeo abaixo), e já andamos com elas em um dos hikings que fizemos na Inglaterra recentemente. É impressionante como elas ajudam, principalmente em subidas e decidas. Quando estivemos no Ben Nevis, na Escócia, sentimos muita falta e não daria pra ir ao Kili sem elas. Também compramos outros acessórios, como as lanternas de cabeça, meias, garrafas térmicas para águae as toalhas compactas que secam rápido. Ainda precisamos comprar saco de dormir, camisetas, pilhas, itens de higiene pessoal e mais algumas coisinhas. A lista é interminável!

Preparo físico

Continuamos com os nossos treinos de corrida, mas a novidade é que começamos a fazer trilhas pelo interior da Inglaterra. Obviamente não é a mesma coisa que subir uma montanha de 5895 metros, mas passar o dia andando entre 16 e 20km com as botas e as roupas que usaremos lá já é o que podemos fazer. Também recentemente estivemos mais uma vez no País de Gales, na região de Brecon Beacons, e passamos 3 dias seguidos andando, andando, andando (e subindo montanha!). Acho que foi a primeira vez que caminhamos muito por mais de um dia, e tivemos uma noção do que é sentir cansaço acumulado. Claro que nada disso é garantia de que vamos passar incólumes pelo mal de altitude, mas fazemos o que está ao nosso alcance!

O que falta?

Como falei, precisamos tomar a vacina da febre amarela (o que será feito nas próximas semanas) e comprar mais alguns acessórios. Também vamos solicitar o visto no consulado da Tanzania em Londres (não é obrigatório, é possível fazer o procedimento no momento da imigração na chegada, mas preferimos já deixar isso feito!) e continuar nossos treinos! Falta menos de 2 meses e ainda parece que não vai acontecer, sabem? Muita gente me pergunta se estou ansiosa, mas a verdade é que não estou porque simplesmente não parece que estou indo. Estranho né? 

Pra quem não leu a primeira parte do diário, é só clicar aqui

Crédito da imagem em destaque: By Muhammad Mahdi Karim – Own work, GFDL 1.2, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=9084438


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Diário do Kilimanjaro #1: decisão e expectativa https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-decisao-expectativa/ https://www.aprendizdeviajante.com/kilimanjaro-decisao-expectativa/#comments Wed, 28 Dec 2016 09:37:10 +0000 http://www.aprendizdeviajante.com/?p=39323 Eu vou subir o Kilimanjaro. Ainda é difícil acreditar que isso vai acontecer em 2017! Um grande sonho, que eu venho adiando há alguns anos, será realizado em alguns meses. Essa viagem é tão desejada (e tão diferente de qualquer outra viagem que já fiz na vida) que eu achei que merecia uma “cobertura especial” […]

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Eu vou subir o Kilimanjaro. Ainda é difícil acreditar que isso vai acontecer em 2017! Um grande sonho, que eu venho adiando há alguns anos, será realizado em alguns meses. Essa viagem é tão desejada (e tão diferente de qualquer outra viagem que já fiz na vida) que eu achei que merecia uma “cobertura especial” aqui no blog. Então, a série de posts não vai começar quando eu voltar dessa aventura. Vai começar agora, muito antes de eu colocar meus pés no avião rumo a Tanzânia e ao topo do Kilimanajaro.

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Por que o Kilimanjaro?

Eu sempre quis fazer uma viagem de aventura. Quando ainda morava no Brasil cheguei a cogitar fazer a Trilha Inca para Machu Picchu, mas lembro que na época estava muito caro, era mais ou menos o mesmo preço de passar uma temporada na Europa (isso há 10 anos). Depois da mudança para Londres em 2008, eu e meu marido começamos a nos interessar mais por caminhadas e trilhas. Ainda mais depois que conhecemos o País de Gales e tivemos a oportunidade de fazer alguns pedaços da Wales Coastal Path, que é uma trilha que beira todo o litoral do país. Mais recentemente, subimos no topo do Snowdon e do Ben Nevis. E foi essa pequena aventura no Ben Nevis que reacendeu a vontade de subir o Kili. 

Há alguns anos também uma amiga aqui de Londres, a Adriana Miller, fez essa viagem. Eu já li e reli os posts dela milhões de vezes, e volta e meia volto no blog dela pra “namorar” as fotos e pensar “um dia eu vou!”. Enfim, chegou a hora de bater o martelo!

Por que agora?

Uma amiga minha, que mora nos Estados Unidos e adora esse tipo de viagem e esportes de aventura (ela já fez a caminhada até o campo base do Everest), me falou que havia fechado e perguntou se eu e o Martin gostaríamos de ir também, junto com ela e o marido. A princípio eu disse não, pelo mesmo motivo que eu venho adiando há tempos: Kilimanjaro é uma viagem muito cara. 

Mas, passados alguns dias, eu comecei a conversar com o Martin (meu marido – o nome dele vai aparacer muito nessa série de postagens!) e chegamos a conclusão de que essa sempre será uma viagem cara. Não vai ter promoção, não vai baixar o preço. O que pode acontecer é ela ficar ainda mais cara! Ou então, a gente enfrentar um perrengue financeiro. Não somos ricos, mas estamos bem, e podemos fazer pequenos sacrifícios (como viajar muito menos pelos próximos meses) para bancar essa viagem. Então decidimos que a hora é agora! 

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Você está preparada fisicamente?

Essa é a primeira pergunta que todo mundo faz quando eu conto que vou subir o Kilimanjaro. E olha, modéstia a parte, se essa viagem fosse amanhã, eu já estaria preparada. Eu e o Martin corremos frequentemente, estamos nos preparando pra nossa segunda meia maratona (que será 2 meses antes da viagem) e nos alimentamos bem. E o fato é que o maior desfaio dessa subida é o mal de altitude, coisa impossível de prever. Claro que é preciso estar acostumado com exercício, afinal serão longas caminhadas carregando peso. Mas a reação do corpo ao ar rarefeito pode atingir qualquer um: o mais despreparado do grupo ou o atleta profissional.

Você vai comprar todos os equipamentos?

A gente já tem algumas coisas, pois fomos comprando ao longo dos anos, quando começamos a tomar gosto por esportes outdoor. Temos calças e jaquetas impermeáveis, uma mochila grande e um ou outro acessório (como garrafa térmica pra água). Eu decidi comprar um par de botas mais “potente”, e também aquelas camisetas térmicas da Uniqlo. Compramos também a lanterna pra usar na cabeça (para as caminhadas noturnas e também se precisar ir no banheiro a noite!) e provavelmente vamos continuar comprando outros acessórios ao longo dos meses. 

Devo pegar emprestados os sacos de dormir com uma amiga (a agência providencia as barracas) e mais equipamentos com outra amiga que os colocou a disposição. 

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Com que agência você fechou?

Vamos fazer essa viagem com uma agência brasileira, a Morgado Expedições. Foi indicação da amiga que fez a caminhada até a base do Everest, e eu achei uma ótima ideia estar entre brasileiros! Nós vamos encontrá-los lá, até porque as passagens não estão incluídas no pacote. Claro que vou escrever mais sobre a agência depois da viagem! A princípio tudo tem corrido bem: trocamos diversos emails, eles responderam com muita paciência todas as minhas milhares de perguntas. 

Quais os próximos passos?

Bom, vamos continuar nossa rotina de corridas (também fazemos alguns exercícios em casa com um kettle bell) e providenciar as vacinas. É obrigatório ter  a vacina de febre amarela, mas alguns sites aconselham tomar também a de febre tifóide e hepatite A. Eu vou conversar com a enfermeira do consultório onde sou registrada aqui em Londres (pelo sistema de saúde público) e então ver o que posso conseguir gratuitamente e o que tenho que pagar. Vou contando aqui conforme for tomando as vacinas.

Também pretendemos tirar o visto de turistas antes de ir, apesar da agência assegurar que é possível tirar na hora, na chegada do aeroporto. Mas, se dá pra resolver antes, acho melhor! 

Bom, quem quiser acompanhar minha preparação e planejamento para o Kilimanjaro, é só ficar de olho aqui no blog. Pretendo escrever mais alguns posts desse tipo antes de embarcar, como contei lá em cima. Acho que é uma boa maneira de lidar com a ansiedade da expectativa e dividir toda minha experiência com vocês! Caso alguém tenha alguma perguntam deixa aí nos comentários e eu respondo no próximo post. 


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